PEQUENA HISTÓRIA DA LOJA MAÇÔNICA LUZ DO RECÔNCAVO
Pequena História da Loja Maçônica
Luz do Recôncavo, nº 132
autor: José Rodrigues Filho:.
Em 23 de novembro,
Luz do Recôncavo nasceu,
No final do século vinte
Essa efeméride ocorreu,
No ano noventa e um...
Não foi um fato comum
Quando esse evento se deu.
A Grande Loja Maçônica
Do Estado da Bahia
Atendendo a um pedido
Que a ex-Traripe fazia,
Passou aos Irmãos de Feira
Essa missão lisonjeira
Própria da Maçonaria:
À virtude erigir templos,
Cavar masmorras ao vício.
Maçons de Amélia Rodrigues
Não mediram sacrifício
Em união impoluta
Encamparam aquela luta
Sem esperar benefício.
Pra fundar Luz do Recôncavo
Feira foi fundamental!
E Luz e Fraternidade
Essa foi primordial:
A semente da romã,
Loja Mãe e coirmã
Patrimônio e cabedal.
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Harmonia, Luz e Sigilo
Teve participação,
Colaborando bastante
Nesse clima de união.
Irmãos de outras potências
Também com suas frequências
Deram aval à fundação.
O Estatuto aprovado
Partiu-se pra indicação
Do primeiro Venerável
Para a primeira gestão
José Cardoso Leal
Foi escolhido afinal
Por total aclamação.
O cargo de Secretário
Ocupou José Moreira,
De Luz e Fraternidade
Que na Loja fez carreira,
Com trabalho memorável
Foi o próximo Venerável
Mostrou garra verdadeira.
Moreira sonhava alto
E logo após sua eleição
Estabeleceu por meta:
De uma Loja a construção.
Partiu pra essa contenda
De erigir como na lenda
O templo de Salomão.
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Para cumprir essa meta
Teve respaldo geral
Toda Feira de Santana,
Num esforço colossal,
Até mesmo o arquiteto
Que desenhou o projeto
De Feira era natural.
O Irmão Gabriel Torres
Elaborou o Projeto
A pedido de Moreira
Exagerou no concreto,
Prevendo mais patamares
Sendo três ou mais andares,
Depois do prédio coberto.
Havia, premente, urgência
Para construção do Templo,
Pois cortar o aluguel
Era o que nos dava alento.
Pilastras foram batidas,
As paredes erigidas
E logo estávamos dentro.
Com duas gestões seguidas
Moreira passou a Loja
Para o Venerável Eraldo
Que cumpriu gestão honrosa:
Em noventa e sete entrou,
Passou dois anos e entregou
Com passagem primorosa.
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Este autor foi Secretário
Nessas últimas três gestões.
Quando o Primeiro Malhete,
Sem cisma e sem divisões,
Caiu nas mãos de Jessé
Que com denodo e com fé
Alterou minhas missões.
A Primeira Vigilância
Foi pra mim determinada,
Enquanto isso a Loja
Era aos poucos rebocada.
Ainda sem o telhado
E o templo todo molhado
Quando dava chuvarada.
O Venerável Jessé
Fez uma gestão tão boa
Que deixou bom saldo em caixa,
Pra ele escrevo uma loa,
Quando chegou minha vez:
Dois mil e um, dois mil e três,
A Loja estava “de boa”.
Nesse aludido período,
O Sereníssimo Grão Mestre
Foi nosso Irmão Edmilson
Que, no segundo semestre,
Fez louvável doação
Dando a GLEB seu quinhão
Com a presteza de sempre.
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Mil e quinhentos doou
Para um total de dez mil.
A Loja deu parte igual
E, o restante, sete mil
Chegou como doação
Do Doutor Paulo Falcão
E a Loja então se cobriu.
Um Equipo-Odontológico
A Loja deu ao Prefeito,
Sendo instalado em São Bento,
O bem ao povo foi feito.
Foi Luz e Fraternidade
Quem doou à esta cidade
Com resultado perfeito.
São Bento passou a ter
Seu primeiro consultório,
Para atender a todos
E isso foi satisfatório.
A nossa Loja coberta
Tomada a medida certa
O sucesso foi notório.
Este autor foi reeleito
Para a segunda gestão
E entregou a Brazelino
Sua administração,
Com a Loja rebocada
E, além disso, pintada
Tudo conforme o padrão.
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José Brazelino Gomes,
Hoje nosso Delegado,
Assumiu com competência
E duas vezes foi guindado
Para dirigir a Loja
Sendo sua maior prova
O novo templo “sagrado”.
Jair Tércio Cunha Costa,
Segundo Gran-Vigilante
Da GLEB, naquela época,
Foi deveras atuante.
Tirando do bolso seu
Suficiente e que deu
Para conclusão restante.
Moreira mais Barbosinha
Doaram o piso total.
Os Irmãos contribuíram
Da forma mais natural.
O templo ficou lindíssimo
Bastante parecidíssimo
Com uma bela catedral.
Deixa o cargo Brazelino,
E assume, na vez primeira,
O Primeiro Vigilante
Pedro Freitas Oliveira,
O seu maior predicado
Foi pôr ar-condicionado
Extinguindo a “suadeira”.
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Governou, por duas vezes,
Pedro Freitas Oliveira,
Sua gestão terminou
Deixando, na vez primeira,
Um passivo para a Loja
Numa contundente prova
Que a inadimplência é coveira.
E, nessa má situação,
Com Irmãos inadimplentes,
Assume o Veneralato,
Com problemas diferentes:
Francisco Assis Vilas Boas
Que trouxe algumas pessoas
Deixando os Irmãos contentes.
Essa gestão conseguiu
Manter a Loja sem débito,
Sendo a construção da Praça
O seu mais profundo crédito:
Por muitos foi pleiteada
E no final inaugurada
Para a Loja foi inédito.
Concluída essa gestão
Chegou, finalmente, a hora
De instalar um Venerável
Que, por delonga ou demora,
Escapava em parafuso:
Herval Passos de Araújo
É o Venerável agora.
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Um ano de atuação
E esta gestão conseguiu
Fazer modificações,
No prédio, e já construiu
Quatro salas pra alugar,
Para diversificar
Coisa que nunca se viu.
Aquele belo telhado,
Construído há quinze anos,
Precisando de reparos
Nos encheu de desenganos,
Não fosse a intervenção
Do Fundo de Construção
Frustrariam nossos planos.
O Sereníssimo Grão Mestre,
Jair Tércio Cunha Costa,
Numa visita surpresa,
Cobriu logo a nossa aposta:
Visando as Bodas de Prata
A Loja ficou-lhe grata
E hoje mais dele gosta.
Enfim, vinte e cinco anos,
Em 23 de novembro,
Tanta coisa já passou
E de tanta coisa lembro...
O que mais me alivia
É ver na Maçonaria
Seu número sempre crescendo.
Amélia Rodrigues-Ba. 18 de setembro de 2016