Cacto do agreste
Não existia na cidade
Um cara valentão
De sua idade,
Novo era aquele mocinho
Que desafiava a sociedade
Por ondes passava,
Os ruídos já diziam:
- olha, aquele raça brava!
A confusão era todo dia
Ele pouco se importava
Briga ali, briga aqui
Reixa pra todo lado
O matuto não imaginava
Que isso seria mudado
E o tempo nem se passou
E o clima já fica virado
Chega Rosinha,
De linda, até parece uma flor
Perguntas pra aquele povo:
- Mas quem é esse senhor?
O cabra da peste se derrete
Guarda logo seu canivete
De grosso agora delicado
Visto agora por outros olhos
Se torna o grande
Cacto do agreste.
Quem diria...
Que isso acontecia?
O mundo estava virado
E o feitiço era quebrado!
Seu peito virou terreno
Para os sentimentos que crescem
A raiva deixou pra trás
E a sua beleza aparece.