DESESPERO DE UM CAMPONÊS
Vejo aqui o sertão pedir clemência
Com a seca terrível que domina
Não se vê mais o verde da campina
O arbusto sem força pra brotar
Não tem água correndo no riacho
A reserva do açude é muito baixo
O camponês que sempre foi um cabra macho
Já perdeu a esperança de lutar
A vaquinha, não dá leite pras crianças
Por não ter alimento pra comer
O vaqueiro não sabe o que fazer
Pra não ver o rebanho dizimado
O cavalo, tão magro tá cansado
Não encontra mais forças pra correr
O relâmpago depois do anoitecer
Não clareia no alto atrás da serra
Sem ter chuva caindo aqui na terra
Camponês não tem chance de viver
Rogério Nascimento
Vejo aqui o sertão pedir clemência
Com a seca terrível que domina
Não se vê mais o verde da campina
O arbusto sem força pra brotar
Não tem água correndo no riacho
A reserva do açude é muito baixo
O camponês que sempre foi um cabra macho
Já perdeu a esperança de lutar
A vaquinha, não dá leite pras crianças
Por não ter alimento pra comer
O vaqueiro não sabe o que fazer
Pra não ver o rebanho dizimado
O cavalo, tão magro tá cansado
Não encontra mais forças pra correr
O relâmpago depois do anoitecer
Não clareia no alto atrás da serra
Sem ter chuva caindo aqui na terra
Camponês não tem chance de viver
Rogério Nascimento