VIDA NO SERTÃO
O sertão das terras secas,
Áridas, sequiosas sem água.
Vivem todos a padecer,
Pelas escassas chuvas que caem tão minguadas.
Chuvas torrenciais quase não caem ali,
E aquela gente forte, tão conformada!
Continua a suplicar,
Com rezas e ladainhas acostumadas.
Faz promessas ao Deus, nosso Pai.
Manda chuva para nossa região necessitada,
Para arbustos e árvores brotarem,
Pedimos ao Senhor: saúde, força, chuva e a região transformada.
Passa o tempo, os anos, a vida,
E a lida do povo nordestino continua ameaçada.
Poeira, vento, sol forte, escassez de água persistem.
Sanar a deficiência hídrica da região do semi- árido, foi planejada.
Laboram a terra e as lavouras são perdidas,
Águas do Rio São Francisco será solução, quando a área for beneficiada.
E o povo nordestino bravo, valente!
Permanece em suas terras, por mais que sacrificados,
Agarrados naquele chão duro, seco partido,
Amparados pelas bênçãos do santo padrinho Padre Cícero, tão festejado.
O mandacaru, o imbuzeiro, o juazeiro, plantas resistentes,
Da caatinga do nordeste brasileiro, pelo amor de Deus abençoado!
Arriscam a busca por outras terras,
Pelo sofrimento famílias são forçadas.
Com o nó na garganta e a tristeza no coração.
Fica para trás o pedaço de chão amado,
Em qualquer lotação, no último pau de arara,
Levando no peito e na alma, a saudade da terra do ícone Luiz Gonzaga...