MAL ENTENDIDO
Sujeito bateu na cara
E depois bateu na bunda
Achei que fosse uma tara
Uma intenção mais profunda
Disse: não me leve a mal
Não gostei do seu sinal
Procure uma vagabunda.
Mesmo assim ele insistiu
Repetiu o mesmo gesto
Não deu um único pio...
Será pensa que não presto?
Sai de mim o pervertido
Com esse assunto invertido
Que eu não dou e nem empresto!
Olhou-me meio assustado
Esticou o polegar
Levantou, virou de lado,
Como se fosse chupar
Perguntei: - você não fala?
E o desgraçado do “mala”
Voltou a gesticular...
Pedi ajuda ao patrão:
-Vem resolver esse angu.
Não aceito insinuação
Nem aqui é randevu!
-Deixa comigo, eu entendo...
Ele só está querendo
Tomar uma Caracu.