Historicidade Sotense

Esta terra que aqui pisamos

Recebeu seu primeiro nome,

São João dos Poleiros

Senhor João Poleiro, lembramos

Ninguém sabe até hoje de seu paradeiro

E Mariano comprou tudo isso

Mas Sóter que foi o herdeiro.

Aqui era uma fazenda

Por sinal, muito produtiva

Na loja que vendia de tudo

Legumes, da roça e das moendas

Dos pomares vinham frutas nutritivas

E a boa cachaça sai de encomenda.

Foi na década de 60

Que o progresso aqui chegou

Veio a estrada de piçarra

Quando Zé Sarney era Governador

O povo ficou esperando a Luz elétrica,

Ela até veio, mas só o casarão iluminou.

A empresa Califórnia, de Carlito.

Tornou esta em espaços comerciais,

Era granjas, engenho e usinas

Não esqueçamos dos canaviais

O coco babaçu, nossa riqueza maior que tinha

Era renda do povo, garantida nos babaçuais.

Arroz e milho, saiam no caminhão,

A casa de forno da Rua grande,

Em frente a casa da dona Santa Colaço, muita gente em ação,

Fazia farinha puba e branca, também tapioca.

Nos meses de julho, agosto e setembro

Depois desta produção, era hora de brocar a roça.

Chegada hora de virar cidade

Povoado tinha crescido

Foi um rebuliço da política

Qual nome ficaria por definitivo

Soterlândia, foi citado

Mas São João do Sóter foi o vencido.

WALTER BERG
Enviado por WALTER BERG em 24/01/2017
Reeditado em 10/07/2019
Código do texto: T5891453
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