Historicidade Sotense
Esta terra que aqui pisamos
Recebeu seu primeiro nome,
São João dos Poleiros
Senhor João Poleiro, lembramos
Ninguém sabe até hoje de seu paradeiro
E Mariano comprou tudo isso
Mas Sóter que foi o herdeiro.
Aqui era uma fazenda
Por sinal, muito produtiva
Na loja que vendia de tudo
Legumes, da roça e das moendas
Dos pomares vinham frutas nutritivas
E a boa cachaça sai de encomenda.
Foi na década de 60
Que o progresso aqui chegou
Veio a estrada de piçarra
Quando Zé Sarney era Governador
O povo ficou esperando a Luz elétrica,
Ela até veio, mas só o casarão iluminou.
A empresa Califórnia, de Carlito.
Tornou esta em espaços comerciais,
Era granjas, engenho e usinas
Não esqueçamos dos canaviais
O coco babaçu, nossa riqueza maior que tinha
Era renda do povo, garantida nos babaçuais.
Arroz e milho, saiam no caminhão,
A casa de forno da Rua grande,
Em frente a casa da dona Santa Colaço, muita gente em ação,
Fazia farinha puba e branca, também tapioca.
Nos meses de julho, agosto e setembro
Depois desta produção, era hora de brocar a roça.
Chegada hora de virar cidade
Povoado tinha crescido
Foi um rebuliço da política
Qual nome ficaria por definitivo
Soterlândia, foi citado
Mas São João do Sóter foi o vencido.