A PRETA DE FÉ DO FÊ

Amor jogo perigoso

A leitura do tal coração

O olhar despretensioso

Não entende sua interjeição

Da asa a aquela entrega

Se correr o bicho pega

Mas se ficar é paixão

Os meus, olhar a distancia

Sou “a preta” e dele a amada

“Ah! Essas nossas crianças,

Que nada não morre afogada”

Não seja fogo de palha

Quem soma não atrapalha

Não vai com a ventarada.

Envoltos no bailar da lua

Os corpos e as incertezas

Dançando no meio da rua

O estereótipo da beleza

Pra mesa não traz fartura

No intimo da candura

Se esconde a maior riqueza.

Meus cachos são feito ondas

Que embala o nosso amor

A noite inteira de ronda

A inocência já me deixou

Alimentando o prazer

Provando o gostoso querer

Sentido assim que beijou

Ah! Veja quanto querer

Dentro do coração

Dois corpos um só prazer

Vontades, delírios, paixão,

Futuro incerto, inconstante

Uma trama inebriante,

Um jogo de sedução

O tempo passa lentamente

No jardim uma linda rosa

Amanhece alegre e contente

Aromatizada e garbosa

Envolta pelos abraços

Adormece de cansaço

Realizada e orgulhosa

Uma fera selvagem e felina

Amável e protetora

Fiel, fechamento da rima

Ás vezes provocadora

Na vida eu brigo eu danço

Aquele que espera não alcança

Por isso sou devoradora

Guerreira, menina mulher

Que luta pelo que crê

Estou pronta pro que der e vier

Não provoque não pague pra ver

Se eu quero eu vou conquistar

Se é meu ninguém vai me tirar

Sou a preta de fé sou do Fê.

floriano silva
Enviado por floriano silva em 08/01/2017
Código do texto: T5875718
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