"VIDA DE APERTO"

Olha que vida de apero,

Vive o pobre ultimamente,

Na crise do desemprego,

Voltando a ser indigente,

Com um futuro ameaçado,

Em misérias condenado,

Sofrendo amargamente.

Antes de afastar a Dilma,

Já estava desarrumado,

Sobre o comando de Temer,

Se ver um pais quebrado,

Assim no bolso do pobre,

Mesmo que ele se desdobre,

Não sobra um tostão furado.

Com toda a roubalheira,

Que em nosso Brasil está,

Só obram pra nós impostos,

Que nos obrigam a pagar,

Para os bandos de bacanas,

Viver montados na grana,

Vindo ao pobre escravizar.

Há muito tempo meu país,

Já falavam desse tempo,

Em que a classe dos pobres,

Viveriam em tal tormento,

Sem posses e sem emprego,

No maior desassossego,

Sem o mínimo pra sustento.

Enquanto os pobres sofrem,

Em calamidades e miséria,

Os senhores de gravatas,

Fazem festas com a galera,

Gastando o que não e seu,

Esquece-se que você e eu,

Vivemos na mesma esfera.

Entristece-me quando vejo,

O batalhão das pobrezas,

Sofrendo com as injustiças,

De quem comanda a riqueza,

Sendo os modernos vassalos,

Com as mãos cheias de calos,

Pra sustentar a nobreza.

Cada dia que se passa,

Mais o nó fica apertado,

O pobre fica mais pobre,

E os ricos mais abastados,

Sem saber somos capachos,

Sempre ficando por baixo,

Dos que são afortunados.

Estão tirando ao poucos,

Do pobre do trabalhador,

Seus direitos adquiridos,

Com muitas lutas e suor,

Vão aos poucos extirpando,

Tudo que nós conquistamos,

Aumentando a nossa dor.

Pobre não tem mais direito,

De reclamar por maus tratos,

Tem que apenas trabalhar,

Pra o bando de Nosferato,

Que se instalou no poder,

Levando ao pobre sofrer,

Um crime dos mais baratos.

Enquanto a mesa do rico,

Dissipa em grande fartura,

Com a maioria dos pobres,

Isso tornou-se em torturas,

Vivendo a grade utopia,

Milhões de panças vazias,

Ou de arroz sem gordura.

Aumenta mais a tristeza,

Quando entra no mercado,

Por não ter como comprar,

Vendo os preços alterados,

Recorrendo as prateleiras,

Comprar tudo de terceira,

É banquete assegurado.

Assim vive com o mínimo,

Pra família e pros parentes,

Que estão sempre por perto,

Da esmola um pretendente,

Por fraca que seja a mesa,

Não deixam de dar despesas,

Por ser pobres e carentes.

Com isso a classe política,

Aprontam-se pra dar o bote,

Com engôdos e mentiras,

Dão neles o maior capote,

Fazem o pobre acreditar,

Que sua vida vai mudar,

Só pra que o trouxa vote.

Pobre tá sempre apertado,

Que nem um pinto no ovo,

Correndo atrás de misérias,

Sendo pra o rico um estorvo,

Chora esperneia e reclama,

Porem nunca sai da lama,

A grandes partes do povo.

Deus precisa dar um basta,

Nas injustiças em geral,

Cometidas contra o pobre,

Neste mundo de chacal,

Tiram os nossos direitos,

Ao pobre não há respeito,

Consumidos pelo mal.

O que é bom tá guardado,

Diz o pobre a todo tempo,

Deixa chegar as eleições,

Que a esse cara arrebento,

Mas por ser mal informado,

Termina sendo enganado,

Elege qualquer jumento.

É mesmo assim que se dá,

Com um povo sem cultura,

Deixando a vida a mercê,

Das mais falsas criaturas,

Com uma esperança morta,

E as contas atrás da porta,

Numa vida de pendura.

Porem sofre todo mundo,

Nesse mundo consumista,

Chora forte e chora fraco,

Ninguém tá fora da lista,

Então bate o desespero,

Careca arrepia o cabelo,

Não se sonha conquistas.

Uma nação sem comando,

Não vai a lugar algum,

Com o sistema financeiro,

Mas negro do que Anum,

Com essa safra de político,

Levando ao precipício,

Dos bons não ficaram um.

Por isso que a esperança,

Desse país prosperar,

A receita é mudar tudo,

Nenhum desses ai ficar,

Precisa-se fazer a prova,

Por ali só caras novas,

Pro trem não descarrilhar.

Talvez só assim achamos,

A necessária solução,

Para a ordem e progresso,

Poder voltar neste chão,

Assim todos tem direito,

Como dito nos preceitos,

De nossa constituição.

Cosme B Araújo.

01/01/2017.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 01/01/2017
Reeditado em 01/01/2017
Código do texto: T5869018
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