CANTANDO COISAS DE AMOR

Vou, por entre fotos e nomes

nas cadeiras do destino

pois, se já não sou um menino,

também não sou um senil,

nem sou de contar estórias

de primeiro de abril.

não discurso em plenário.

pois, os contos do vigário

não cabem em minha bagagem,

pois, não sou de fazer maquiagem

em palavrório comum,

só falo o que me é de direito

porque me dou ao respeito

e respeito você também.

E nesse grande vai e vem

que já vai além das medidas,

vão verdades, vem mentiras

pra enganar o povão,

que nessa torpe contra mão

de coisas nas escondidas,

nas madrugadas malditas

se aprova tudo o que quer.

Mas me enganar eu não deixo,

se dói no calo eu me queixo,

pulo, grito, dou um salto

pras coisas que vem do planalto

pra destruir a nação.

E entre tantas mazelas

que pintam de aquarelas

fingindo aplacar a dor

e lá vai a banda passando

cantando coisas de amor