O ESPETÁCULO DO CINISMO

Por Gecílio Souza

Meu caro leitor amigo

Desculpe a minha rebeldia

E não pouparei nos termos

Populares do dia a dia

A política brasileira

Virou uma putaria

A ira social cresce

Como há muito não se via

Uma quadrilha assaltou o país

E do poder se delicia

Com taças de vinho na mão

Brinda o sangue da nação

Criminosa estripulia

Os três poderes da República

Ostentam a maior regalia

Com seus espúrios conchavos

Cospem em nossa fisionomia

O Supremo guardião da lei

Sobre a carta magna tripudia

O Congresso Nacional

É o antro da anomalia

Deu as costas para o povo

Vota leis à revelia

Da aspiração popular

Que vê a crise se agravar

E as excelência na mordomia

O poder judiciário

Mais que os outros, deveria

Zelar pela legalidade

E frear a tirania

Mas justamente este poder

Resolveu fazer porfia

Com o que há de mais abjeto

Que o nosso território sedia

As ilegais manobras jurídicas

Nos dão náuseas e desinteria

Procuradores boquirrotos

Rabos presos e verbos soltos

Aviltam a isonomia

Animadores de auditórios

PHDs da hipocrisia

Demônios que se travestem

De santos da sacristia

Almas sebosas e fétidas

Recorrem à perfumaria

Vigaristas na surdina

Seu caráter é fantasia

De integridade volúvel

Venais como a mercadoria

Na notícia e nos palcos

Esses intelecualmente fracos

Simulam sorriso e simpatia

A magistratura na berlinda

Do desiderato se desvia

Magistrado pop star

A justiça surrupia

Voluntarista TEMERário

A imprensa lhe auxilia

É integrante do tucanato

Não somente pela ideologia

Trocam declarações e afago

Conforme vídeos e fotografia

Com um certo Aécio Neves

Cujas delações são tão breves

Que um caderno não comportaria

Tal juiz ostenta empáfia

Exibe pseudo fidalguia

Lobo em pele de lebre

Voz enjoativa e macia

Uma pose de herói

A coxinhada o reverencia

Tem orgasmo por holofotes

É a cara da covardia

Revoga a constituição

Suprime direitos e garantia

Seletivo e persecutório

Quer ver Lula no purgatório

Tucanos são sua freguesia

Naquele sórdido evento

Que a ISTOÉ promovia

Bajulando os golpistas

O tal Temer e companhia

Eis que o juiz e o senador

Reiteram o que a esquerda dizia

São históricos aliados

Membros da mesma confraria

Confesso que aquela foto

Me irrita e me arrepia

Não sei bem se os sorrisinhos

São trocas de afetos e carinhos

Ou um bacanal da orgia

É uma cena pitoresca

Ornada de patifaria

Causa asco ao impoluto

E mácula à democracia

Os verdugos das esquerdas

Reajustam sua nostalgia

Envenenam a política

Indignam a cidadania

Ao romance senador - juiz

Até defunto assobia

Querem levar no tapetão

A máscara atirou-se ao chão

E a Globo não noticia

Molecagem quadrangular

Que provoca úlcera e azia

Os judas Temer e Renan

Celebram a megalonomia

Sérgio Moro e Aécio Neves

Declaram-se amor sem quantia

Confabulam o golpismo

Que lascou a economia

Por que esse tucano togado

Ao PSDB não se filia?

No obscurantismo judicante

O venerável juiz farsante

Age hoje como sempre agia

Magistrado serviçal

Dos interesses da CIA

Condena e prende sem provas

Quem ele próprio denuncia

Constrange coercitivamente

À deduragem premia

Às delações dos tucanos

Não vêm ao caso, se silencia

Seu repertório é extenso

Uma frase o resumiria

É tirar Lula de cena

Falta o crime mas tem a pena

Pois o operário o desafia

Sérgio Moro é uma piada

Que o Tiririca não repetiria

Debochada e insossa

Até Barnabé desconfia

Do romance com o Aécio

Nascerá a pior cria

Ao invés de subirem ao altar

Pelas núpcias e a eucaristia

Sugiro-lhes que de mãos dadas

Dirijam-se à delegacia

Casamento criminoso

De um casal célebre e famoso

Tem que ter algemas e cela fria

O Paraná o conhece bem

Sabe que em sua biografia

Consta um caso emblemático

Que envolveu alta quantia

O famoso BANESTADO

Beneficiou quem mentia

O musical do senhor Moro

É jocoso e deprecia

A letra é escrita a sangue

O escárnio é a melodia

O disfarce está ruindo

E a mentira se exaurindo

Vá-te Moro, o Aécio te guia!!!!

Oiliceg
Enviado por Oiliceg em 11/12/2016
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