Cordelinho...
Fui menina, fui donzela,
entre tantas, a mais bela,
conheci um navegante,
moço fino e elegante,
lá das bandas do Nordeste.
Não era cabra, nem peste...
E depois de muita prosa,
de ramalhete de rosa,
pos a mão na minha cintura,
e eu que era moça pura,
fiquei logo envergonhada,
com aquela mão, assanhada.
Meu pai vijiava a sala,
revolver, cheio de bala,
e assim nesta agonia,
fui vivendo todo dia,
com um nó no pensamento,
desejando o casamento...
Meu marujo era fogoso,
tinha um cheiro tão gostoso,
que me provocava o gosto,
de querer sem dar desgosto,
aquele corpo agarrar,
mesmo antes de casar...
E uma noite de lua cheia,
depois de uma farta ceia,
meu pai logo adormeceu,
nos braços, de um tal Morfeu.
O Marujo ficou doidinho,
com fogo no passarinho...
Foi então que conheci,
um gosto que até ali,
nunca havia experimentado:
Aperto de namorado,
com tudo se levantando,
sem ter o pai, vigiando ...