BOQUEIRÃO (APOCALIPSE DAS ÁGUAS)..
BOQUEIRÃO (APOCALIPSE DAS ÁGUAS).
Hó Boqueirão hoje choras
com lágrimas contaminadas
estás com horas marcadas
e nada de vir melhoras
a tempos que tu imploras
socorro não vem pra ti
apenas José Valmir
te manda choro incontido
ecoa o teu gemido
na região cariri.
Hó Boqueirão,Boqueirão
soluças lama, lamento
te esvaindo ao vento
causando assombração
filete de água, então
de longe não dá pra ver
envenenaram você
e ti atiram ao descaso
e a mercê da "acaso"
te deixam assim, morrer.
Hó Boqueirão tu espera
porque a chuva virá
a vida renovará
sem esperar primavera
revê-lo cheio, a quem dera
porém o tempo avança
não perco a esperança
de contemplá-lo sangrar
e novamente vibrar
alegre, como criança.
Hó Boqueirão você cheio
renova a face da terra
recria o verde na serra
acaba todo receio
da gente que vive ao meio
na estação do lugar
és divisor singular
de águas, quando as tem
reservas pra nosso bem
protelas como se usar.
Hó Boqueirão que cinzento
se enxerga ao teu redor
imagens que sei de cor
de folhas secas, ao vento
bem creio que teu lamento
em breve irá findar
do homem, nada virá
porém em Deus esperemos
e só a ele oraremos
pois chuvas nos mandará.
Hó Boqueirão o poema
o faço porque te amo
e água para ti, clamo
a falta dela é dilema
o verso sai no esquema
na base de dor e mágoas
as minhas lágrimas enxáguas
a esperar solução
sofrendo estás Boqueirão
(Apocalipse das águas)..
O Rimador..
Sei que pelo país a fora existem paraibanos e nordestinos que de certa forma conhece o termo a ser tratado neste trabalho, de qualquer forma meus poemas e versos não se resume só ao estado ou região e sim; dirijo-os a todos que gostam deste tipo de literatura, sejam brasileiros ou estrangeiros, bem vindos, com abraços-- O Rimador...