CORDEL ELE E EU
Todo dia a hora do almoço
Tenho A mesa um convidado.
Ele não faz alvoroço,
Eu nunca fico calado.
Arroz último caroço,
Aí olho pra este moço
Digo: Senhor, obrigado.
Hoje é macarronada
Acho que o moço provou,
Pois sem que fosse esperada
Voz retumbante soou
De forma até engraçada
Diz boia tá temperada
Cozinheira, abençoou.
Todo dia a hora do almoço
Tenho A mesa um convidado.
Ele não faz alvoroço,
Eu nunca fico calado.
Arroz último caroço,
Aí olho pra este moço
Digo: Senhor, obrigado.
Hoje é macarronada
Acho que o moço provou,
Pois sem que fosse esperada
Voz retumbante soou
De forma até engraçada
Diz boia tá temperada
Cozinheira, abençoou.
De novo lhe agradeci...
Hoje mudou hábitos seus.
Claro que eu não me esqueci
Mantive os respeitos meus!
Os os dias que eu vivi,
Tempos que passava ali...
Meu convidado era o Deus.
Um dia foi diferente
O almoço já acabado,
Ele bastante eloquente,
Diz que fui elogiado...
Por plantar alegremente,
Deixar para o ser vivente,
Até o tempero usado.
Ficamos tempo cismando,
Ele e eu na meditação.
Eu no meu canto pensando,
Se Ele provou macarrão
Eu estaria imaginando,
E que estava elogiando
Por comer como leão?
Creio leu meu pensamento
Mudando de assunto na hora...
Esqueçamos o alimento,
Porque eu até já ia embora;
Mas senti este seu tormento
Tou de folga no momento,
Faz sua pergunta agora.
Ele vê tudo que faço,
Até eu atrás da parede.
Chamei, vem ao terraço,
Deitamos em boa rede,
Lá nós teremos espaço,
Pra desfazer este laço,
Perguntando mato a sede.
Já subimos uma escada
Por sobre a ponte das uvas,
Peguei uma uva bem rosada,
Cacho molhada de chuva.
Ele deu uma boa olhada,
Com cara desconfiada...
Pensei serve como luva.
A rede convidativa,
Ele senta na cadeira.
Com cabeça pensativa...
Não vou perguntar besteira.
Voz sai bastante aflitiva,
Fiz a pergunta, evasiva,
Depois faço a derradeira.
Ó pai da sabedoria,
Poder é milhão de mil
Diz porque tal covardia,
Que me faz ficar senil.
Porque não acabar orgia,
Política tão vadia
Que acaba com meu Brasil?
Olhou me desconsolado,
Diz acha a culpa é minha?
Não responda, tô zangado
Já vem com esta ladainha...
Sei que você é culpado,
Votou neste PT safado,
Fim da paciência minha?
Não votei nesta cambada.
Não votou e avisou a pobreza?
se grita pra molecada
Comuna é esperteza,
Esta gente maltratada,
Não entrava nesta furada
Acabava safadeza.
Quem quiser ler a continuação leia Cordel ELE e eu 02 obrigado.