PASSANDO POR BELÉM DO PARÁ
Flutuando através de meus sonhos
conheci muitos lugares,
atravessei sete mares,
vi coisas de admirar,
vi estrelas conversando,
ouvi sereias cantar.
vagueando pelo mundo
leste, oeste, sul e norte
foi vento de toda sorte
nem sabia onde parar,
qualquer coisa me aprazia,
Austrália..., Madagascar...
Mas no meu caminho de volta
já chegando em meu lugar
sem muito mais pra voar
vi uma terra bonita,
contando ninguém acredita,
desci em BELÉM DO PARÁ.
Isso já de tardinha
com o sol ainda aceso,
vi ali na minha frente
o famoso VER O PESO.
Quando eu ouvi cantoria,
pra não perder a poesia
saí correndo pra lá,
eta! cantadores da égua
eram versos pra todo lado
pra todo mundo ouvir
e foi semana sem trégua
na força do AÇAÍ..
E quando a sede apertava,
eu nem sei de onde vinha
uma gostosa cachacinha
pra gente continuar.
MANIÇOBA, TACACÁ!
isso a gente nem fala,
Tinha de fazer gosto
era coisa de se fartar.
TUCUPI, VATAPÁ!
de onde vinha? Sei lá!
Só sei que estava na mesa,
tudo era uma beleza
pra gente se regalar...
E toma lá cantoria,
ninguém perdia a poesia,
ninguém saía do tom.
Andei aqui matutando,
mas não conto é pra ninguém
que se NOÉ... MATUSALÉM..
passassem aqui por BELÉM
quedados de tanto encanto
não iam querer voltar.
HOMENAGEM À BELÉM DO PARÁ E MINHA QUERIDA AMIGA PARCEIRA,
GRANDE POETISA: ANA MARIA DE MORAES CARVAHO.