Sextilha agalopada
Quem trabalha com fé não Desanima,
Não se mete em roubada e coisa à-toa
Ter coragem ter fé e alto estima
Valoriza o caráter da pessoa
Enganar é agir fora da lei
Não se mede o “caráter” de um rei
Pelo brilho ou tamanho da coroa.
O “varão” é marido da varoa
O senhor quem controla nossa vida
Os dois remos controlam a canoa
A loucura persegue o homicida
O ladrão que por lei for condenado
Quando a pena termina é liberado
E vai fazer tudo igual logo em seguida.
Cicatriz é lembrança da ferida
Que o passado me ajuda a recordar
Consequência do erro e da batida
Que eu não fico feliz em relatar
Eu “não devo homenagem pra ninguém”
E assim qualquer um vale o que tem
Nossa honra ninguém pode comprar.
O meu verbo depois que eu conjugar
Milimetricamente é corrigido
Mesmo assim corro o risco de errar
Nesse mundo “ninguém” nasce aprendido
Eu não fui tão profundo no estudo
E quem falar por aí que sabe tudo
É somente um sujeito convencido.
O senhor quem lapida o pervertido
O ourives lapida a prata bruta
Quem tem muita coragem é aguerrido
O novato é chamado de recruta
O supremo é quem tem soberania
Pra vencer tem que ter sabedoria
E o herói vai à guerra e vence a luta.
O guerreiro só vence uma disputa
Quando a força e a fé andam na frente
O trabalho cansado da labuta
Não me deixa viver como indigente
Essa vida é partir pra outro plano
Quem convive demais com o engano
Passa imagem de um homem prepotente.
As carretas do subconsciente
Muitas vezes me leva a uma viagem
O que tem nos confins da minha mente
Dava um filme de ação longa-metragem
O saber vem do cofre do juízo
Eu detono a espingarda do improviso
Pra tentar concluir minha mensagem.
Quem tem muita ambição só ver visagem
Olho gordo na vida não prospera
O humano idolatra alguma imagem
Ilusão que não passa de quimera
A verdade não cruza com a mentira
O poeta sem sonho não se inspira
E quem tem fé em Jesus, por Deus espera.