POETA e CORDELISTA
Mote: Mas não sou de Itabaiana / Nem nasci em Itabira
Itabaiana, na arretada Paraíba, celeiro de brilhantes poetas e cordelistas;
Itabira, nas Minas Gerais, terra do inigualável Carlos Drummond de Andrade.
À minha querida e inesquecível Itu – pequena no nome, grande em meu coração – marco na história de nosso país, e berço de artistas exponenciais em todas expressões de arte.
Estendo, também, esta homenagem a todos que se esmeram na arte da escrita, bem como na arte da vida.
Oitavas heptassílabas
Rimas: ABABCDCD
1.
Poetas há no mundo inteiro
Têm uns lá da Paraíba
Outros do solo mineiro
Com a rima bem em riba
Ah, se eu versasse assim bacana
Como canta a corruíra
Mas não sou de Itabaiana
Nem nasci em Itabira.
2.
Muito há pra se dizer
Da vida e da natureza
Só olhar e perceber
Suas nuanças, sutilezas
É uma beleza insana
Que se contempla e suspira
Mas não sou de Itabaiana
Nem nasci em Itabira.
3.
Quero descrever o mar
Céu, estrelas, seus enredos
E da lua o luar
Seus mistérios e segredos
Mais que numa escrita plana
Em obra que se admira
Mas não sou de Itabaiana
Nem nasci em Itabira.
4.
Da família vou gabar
Grato sou que ela é tão linda
É de Deus o abençoar
Sua graça é infinda
Fez o sol, calor emana
Tão belo, a gente delira
Mas não sou de Itabaiana
Nem nasci em Itabira.
5.
Sou um simples sonhador
Vate temporão, paulista
Vindo lá do interior
Um poeta e cordelista
Dentro tenho muita gana
Qualidade sempre em mira
Mas não sou de Itabaiana
Nem nasci em Itabira.
6.
Firmei as minhas raízes
Em Jesus que me encontrou
Não mais doem as cicatrizes
Seu amor me transformou
Deixei a vida mundana
Ainda sou meio caipira
Mas não sou de Itabaiana
Nem nasci em Itabira.
7.
Reconheço o (meu) valor
Dom do alto concedido
Prova de poder e amor
Feliz em Itu nascido
Nada devo aos de Santana
Admiro os de Cupira
Mas não sou de Itabaiana
Nem nasci em Itabira.
8.
E sigo a vida cantando
O amor em prosa e verso
Boas novas espalhando
Nestas bandas do universo
Norte ou sul-equatoriana
Como preciosas safiras
Mas não sou de Itabaiana
Nem nasci em Itabira.
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Grato pela mui gentil interação de Aila Brito:
Não; não és de Itabaiana
Nem nasceste em Itabira
Mas o dom de ti emana
Tua arte nos admira
Por isso te aclamo agora
De Itu é que tu vens
Talento em teu peito mora
Poeta, meus parabéns!
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Grato pela também mui gentil interação de Ahavah:
Talento em teu peito mora
Meu conterraneo paulista
Por não ser de Itabaiana
Nem nascer em Itabira
Sabes bem que no Nordeste
Existem muitos artistas
Que como tu tem o dom
De poeta e cordelista!
Eu disse: sou conterranea
Pois em São Paulo fui criada
Mas nasci lá no Nordeste
Só não foi na Paraiba
Hoje estou morando em Minas
Nas Gerais não há mentira
Mas não sou de Itabaiana
Nem nasci em Itabira!
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Grato pela também mui gentil interação de Sander Lee:
Mas não sou de Itabaiana
Nem nasci em Itabira
Disse George. É bacana
Essa homenagem da lira
Desse grande cordelista
De Itu e de Ontário
Ora, viva meu artista
De rico vocabulário!
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Grato pela também mui gentil interação de Henrique César:
Mas não sou de Itabaiana
Nem nasci em Itabira
mas gosto de quem retira
poesia bonita e bacana
com métrica italiana
fazendo versos na hora
pois quando a verve aflora
poesia sai do coração
expulsando a solidão
que às vezes nos devora.
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Grato também pela mui gentil interação de Miguel Jacó:
Desde de muito pequenino,
o cordel já me inspira,
cortejei muitas meninas,
mas nunca venci a fila,
paquerei uma cigana,
e diversas caipiras,
Mas não sou de Itabaiana,
Nem nasci em Itabira.
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Grato também pela mui gentil interação de Tiago Duarte:
A cidade é meio plana
Fica entre brejo e agreste
Um povo muito bacana
Terra do "cabra da peste"
Um povo que não engana
Nele o poeta se inspira.
Mas não sou de Itabaiana
Nem nasci em Itabira.
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Grato também pela arretada e gentil interação de Stelo Queiroga:
Também não sou de Cambridge
Nem nasci no Canadá
Mas o Recanto é a bridge
Que me leva e trás de lá
Dali o cordel emana
Puxa o cordão e inspira
Mas não sou de Itabaiana
E nem nasci em Itabira.
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