BATE-BATE
Ganharam asas nos pés
Fizeram largos os passos
Novos ares e espaços
Mas, olharam de viés
Pros Zés Ninguém de Ralés
Que subiam uns degraus
Irados tacaram paus
Gritaram: Voltem pra lama
Dinheiro, poder e fama
Não ficou pra carapaus
Bateram nas tramontinas
Fizeram birra nas ruas
Presepadas, falcatruas
Na frente, atrás das cortinas
Esposas e concubinas
Tiranas amareladas
Saudosas das chibatadas
Reivindicaram os troncos...
Cuícas mudaram roncos
Ficaram mais afinadas
Choveu vivas, parabéns
Para um belíssimo pato
Que grande e solene ato
Fizeram os homens de “bens”
E quem serão os reféns
Desse astronômico jogo?
Mídia que atiça fogo
Pra uns deitar e rolar
Zezinhos irão pagar
E não adianta rogo