o peido da minha sogra
Pedra- PE, 02 a 21 de março de 2016.
01 A vida nos pega peças
Que até Jesus duvida
E num é que numa dessas
Me deu patada a vida;
Eu sou mesmo azarado
Ou melhor fui premiado
A ter fortuna de sobra
É porque num certo dia
Eu ganhei na loteria
O prêmio de duas sogra
02 E uma dessas tais cobra
Peçonhenta e com asa
Deu-me um susto danado
A ir morar lá em casa
Eu chega do roçado
Todo suado, estressado
No pingo do meio dia
Quando entro de repente
Tava a véa sorridente
Na maior cara de lia.
03 Dizendo assim:- Bom dia1
Com voz fraca e fubenta,
Era desse tipo de véa
Tão baixinha e marrenta
Que não fazia nada...
Passava o dia sentava
Em frente a televisão
Comendo, dormindo, babando
Ainda por cima peidando
Uns peido alto do cão.
04 Que parecia um canhão
O peido que a véa dava
Ao se espaiá o fedor
Ninguém ali aguentava;
Incensava toda a sala
Nos sufocava na fala
Quando assim ia entrando
Pelas covas da narina
Feito a estribolina
Na gente ia sufocando.
05 O fedor ia tomando
Toda rua da cidade
De modos que o Prefeito
Decretou calamidade
Devido a ipidemia
De diarreia, azia
Zica vírus, chicongonha;
O maior efeito estufa
Provocado pela bufa
Daquela véa sem vergonha
06 E sem qualquer cerimonha
Mandou, ele, investigar
O causador disso tudo
Pra providencia tomar.
Á medida que se passava
A situação aumentava
Deixando-o de baixa estima
Que nem vaca com cambão
Fazendo um oração
Pra o cidadão la´de cima.
07 Foi mudado até o clima
De toda a região
Feito bomba de Hiroshima
Desolava a população,
Era coisa de anormal
Nos leitos dos hospital
Não cabia mais ninguém
Todo mundo adoeceu.
O peido que minha sogra deu
Prejudicou mais de cem
08 Cidades que no desdém
Totalmente desoladas
Ficou sem beleza alguma
Que nem carvão, queimadas
Todas preta, carcomida
Sem algum sinal de vida
D’animais grandes, pequeno
Pense numa calamidade
De grande toxidade
Era o grau desse veneno.
09 Que causo caos extremo,
Um colapso decretado
Todo povo da região
Tava muito preocupado;
Do maior ao pequeno
Queria saber que veneno
Da boba do rato era aquilo
Que tudo ali devastava
A investigação continuava
No mais absoluto sigilo.
010 Sem perder seu estilo
Arrasador, mal cheiroso
O peido da minha sogra
Tornava-se mais perigoso
Nos lugares qu’ia passando
Tudo ia contaminando
Com seu gás tão venério
Que em meio ao perrengue
Até o mosquito da dengue
Foi para no sumitério.
011 E seguia o mistério
Da tal investigação
Que trazia a todo povo
Tamanha preocupação
Todos na expectativ
Uma resposta atrativa
Esperava com urgênça
Não sabiam os perito
Que negoço esquisito
Causava tanta doença.
012 No mundo não há ciença
Que pudesse decifrar
Nem a origem disso tudo
Que causou tanto penar.
Até um cabra irritado
Estudar com tal cuidado
Aquela situação.
Saindo do laboratório
Disse em ato notório:
- Encontrei a solução!
013 Reuniu todo o povão
Em um lugar bem trancado
Lá abriu uma sacola
Onde ar tinha prensado.
E disse todo faceiro:
- Estão sentido um mal cheiro
Um fedor tão desgraçado,
Que agora nos infesta?!
Foi um peido da molesta
Que aí tá espalhado
014 Causado um mal danado
A toda a população.
Saído o resultado
Deu-me aquela aflição.
Daí fiquei matutando
E os cacos fui juntando
Naquilo que aconteceu.
E descobri com pausa
Tudo isso foi por causa
Do peido que minha sogra deu!