a briga lá no puteiro
A Briga lá no puteiro
Por feita de sei lá quem
Talvez golpe do destino
Acredite seu menino
Quase me lasquei também
Foi aquele vai e vem
E o pau quebrou ligeiro
Dá entrada ao banheiro
Tome tapa sem parar
Ninguém pode controlar
A briga lá no puteiro
Eu fiquei aperreado
Fui pra traz de um balcão
Me ajoelhei no chão
De rezas fiz um bocado
Tremia desesperado
Feito um Pinto no chuveiro
Acredite meu parceiro
Que foi grande o meu sufoco
Levei murro e levei soco
Na briga lá no puteiro
Um cara mal encarado
Querendo ser valentão
Pois levou um bofetão
Que caiu foi desmaiado
Acordou atordoado
Com a cara de fuleiro
Veio outro desordeiro
Deu-lhe uma com coragem
No bebedor de lavagem
Na briga lá no puteiro
Dois ou três colegas meu
Daqueles bem arrogantes
Que se acham importantes
De repente esmoreceu
Quando viu que o pau comeu
Correram lá pro terreiro
Mas não teve paradeiro
E a pisa foi das brutas
Apanharam foi das putas
Na briga lá no puteiro
Um velho bem assanhado
Com uma moça no colo
Todo boy de gola polo
Bem vestido e alinhado
Estava bem assentado
Bem feliz e prazenteiro
Afoito e beijoqueiro
Querendo ser garotinho
Levou uma no focinho
Na briga lá no puteiro
Eu também não vou negar
E aqui agora eu digo
O que aconteceu comigo
Dá vergonha de falar
E de não acreditar
Apanhei o dia inteiro
Feito um couro de pandeiro
Numa noite de sambada
Era cada bordoada
Na briga lá no puteiro
Por sorte alguém ligou
Pra polícia da cidade
Que chegou em quantidade
Mais nada adiantou
Reforços logo chamou
Do exercito brasileiro
Que veio por derradeiro
Pra tentar amenizar
Apaziguar e acalmar
A briga lá no puteiro
E nem as forças armadas
Que vieram em excesso
Conseguiram ter sucesso
E voltou envergonhada
Até hoje inda é falada
Do Brasil ao estrangeiro
Acredite companheiro
Foi grande a minha sorte
Por pouco não vi a morte
Na briga lá no puteiro.
Diosmam Avelino- O8 -01 -2016