É DEMAIS ESSA DOIDICE

É demais essa doidice

De tão doido que eu sou

Sem miolo e sem juízo

Inventei de fazer versos

Rimando de improviso

Pensei em ganhar dinheiro

Continuo leso e liso

É demais essa doidice

Veja só o meu papel

Inventei de escrever

Fiz folhetos de cordel

E sair pra declamar

Feito abelha faz o mel

Ainda achando pouco

O tamanho da loucura

Eu sair a caminhar

Como quem algo procura

Dizendo vou levantar

A bandeira da cultura

Rua a cima rua a baixo

Eu andei em todo canto

Escola praça boteco

Meu poema eu decanto

Seja em qualquer lugar

A bandeira eu levanto

É mesmo coisa de louco

Coisa de abilolado

Mas se isso é loucura

Quero morrer endoidado

Rimando e fazendo verso

Nem que seja pé quebrado

Eu não sei se tem remédio

Se tiver não quero não

Eu estou infectado

E é grande a infecção

E essa doença traz

Uma boa sensação

Às vezes eu ate penso

Que me falta um parafuso

Ou talvez sobre algum

Fico assim meio confuso

Ou então tem uma bola

Do juízo que eu não uso

Quando sinto na cabeça

Os sintomas de agonia

Tomo logo uma dose

Dose dupla de poesia

Só assim me sinto bem

E só assim me alivia

Deixo a indicação

Pra você eu recomendo

Pois faça como eu fiz

Faça como estou fazendo

Como e bebo poesia

É assim que vou vivendo

Diosmam Avelino- 29- 12- 2015

DIOSMAM AVELINO
Enviado por DIOSMAM AVELINO em 17/07/2016
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