Rifa-se um coração!

 

 

 

O bilhete custa pouco

Quero ver quem vai dar mais,

Por esse coração louco,

Que se entregou ao um rapaz.

Agora ele está partido,

De tanto amor que ele deu,

E hoje de amor vencido,

Parece que envelheceu.

 

A dona é muito bonita

Poetisa inteligente,

Deixa muita gente aflita

Quando surge de repente.

Seu coração calejado

Ficou a mercê do amor

E agora machucado

Quer se libertar da dor.

 

O coração leviano

Esqueceu a proteção

E sofreu todos os danos

Que sofre um coração.

Esse coração partido

De que estou falando agora,

É um músculo ferido

Disposto a cair fora.

 

Sarar-se da solidão

Cantar para a primavera

Deixar de lado a ilusão

E abandonar a espera.

É um coração perfeito

Que se cansou de apanhar

E o seu único defeito

É no amor acreditar.

 

Poetisa apaixonada

Que do amor tanto espera,

Hoje vive enamorada

Curtindo uma outra esfera.

Que lhe cobre de carinho

Amor eterno ele jura,

Quando a beija de mansinho

Com seu beijo traz a cura.

É por isso que hoje em dia

Quando ela ouve um trovão,

O martelo sentencia

O valor de uma paixão.

E o coração espinhado

Todo ferido de amor

Bate mais celerado

Lembrando da grande dor.

 

Mas o preço do bilhete

Ficou indeterminado,

Sem leiloeiro, sem aceite,

Pra um “cuore” recuperado.

Rapazes prestem atenção,

Quando forem fazer lance

Não caiam na ilusão,

Pois só um terá a chance.

 

Mira Ira resolveu

O que muita gente quer

Ao lado do amor seu

Ser uma feliz mulher.

Parabéns ó poetisa

Por rifar as ilusões,

A paixão se eterniza

E põe fim às confusões.

 

Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 16/07/2007
Reeditado em 16/07/2007
Código do texto: T567419
Classificação de conteúdo: seguro