Rifa-se um coração!
O bilhete custa pouco
Quero ver quem vai dar mais,
Por esse coração louco,
Que se entregou ao um rapaz.
Agora ele está partido,
De tanto amor que ele deu,
E hoje de amor vencido,
Parece que envelheceu.
A dona é muito bonita
Poetisa inteligente,
Deixa muita gente aflita
Quando surge de repente.
Seu coração calejado
Ficou a mercê do amor
E agora machucado
Quer se libertar da dor.
O coração leviano
Esqueceu a proteção
E sofreu todos os danos
Que sofre um coração.
Esse coração partido
De que estou falando agora,
É um músculo ferido
Disposto a cair fora.
Sarar-se da solidão
Cantar para a primavera
Deixar de lado a ilusão
E abandonar a espera.
É um coração perfeito
Que se cansou de apanhar
E o seu único defeito
É no amor acreditar.
Poetisa apaixonada
Que do amor tanto espera,
Hoje vive enamorada
Curtindo uma outra esfera.
Que lhe cobre de carinho
Amor eterno ele jura,
Quando a beija de mansinho
Com seu beijo traz a cura.
É por isso que hoje em dia
Quando ela ouve um trovão,
O martelo sentencia
O valor de uma paixão.
E o coração espinhado
Todo ferido de amor
Bate mais celerado
Lembrando da grande dor.
Mas o preço do bilhete
Ficou indeterminado,
Sem leiloeiro, sem aceite,
Pra um “cuore” recuperado.
Rapazes prestem atenção,
Quando forem fazer lance
Não caiam na ilusão,
Pois só um terá a chance.
Mira Ira resolveu
O que muita gente quer
Ao lado do amor seu
Ser uma feliz mulher.
Parabéns ó poetisa
Por rifar as ilusões,
A paixão se eterniza
E põe fim às confusões.