Imagem do Google / www.grandesconstrucoes.com.br





NIEMEYER E JK
 
 
QUANDO arquitetou Brasília,
Niemeyer não nos mandou
votarmos em sacripantas
e nem nos ratões das quantas
que a política abraçou.
 
Juscelino muito menos
faria a nós impropério,
que JK foi direito,
legitimamente eleito,
do País um homem sério.
 
As casas legislativas,
no Congresso geminadas,
deram de ser muito ingratas;
levaram muitas gravatas
e mais ladrões às bancadas.
 
Bancada disso e daquilo,
até «bancada da bala»,
«dos latifúndios», «da Bíblia»...
Não sei se não tem da Líbia,
pois do povo não se fala.
 
Cambadas parlamentares,
cheias de empáfia, arrogância,
com privilégios na tampa,
gente que se faz de santa,
contudo não tem constância.
 
Hoje, aqui, nesse partido,
amanhã vira a casaca,
segundo o ventar da hora,
botando vergonha fora,
como o queijo vai à faca.
 
JK tinha vergonha,
doutor Oscar nem se fala:
cabras de fibra, a louvar.
Jamais mandaram votar
no bom de se pôr na vala.
 
«Mensalões» e «petrolões»
e na Suíça o dinheiro,
tudo a sair no ladrão.
Temer a tramar traição
– um golpe no brasileiro.
 
Seu Oscar traçou Brasília
foi só para haver decência;
eleger quem tem quilate,
de vergonha, de combate,
nos afins com a Presidência.
 
Também assim Juscelino,
pai da metrópole bela,
construída num planalto,
não para sofrer assalto,
ter má fama a cidadela.
 
De beleza arquitetônica,
Brasília tão altaneira,
de melhor tem seus nativos,
porém lá certos nocivos
só vão para a roubalheira.
 
Afinal, homens do povo,
Juscelino e seu Oscar,
estes eram verdadeiros,
dois titãs dos brasileiros,
 não nos mandaram roubar.

 
Fort., 21/06/2016.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 21/06/2016
Código do texto: T5674015
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.