Pintura (ainda quentinha) do poeta amigo José Augustho Marques, craque da Cultura, o Zé Poesia.
O GOLPE DOS RATOS
Triste sina a de um golpista
que deu, só por falsidade,
golpe na democracia...
A ninguém faz serventia
– não tem legitimidade.
Vejam Temer! Vem ao caso.
Arma complô congressista,
trai parceira presidente,
com Cunha trama o que sente,
ambos do bloco fascista.
Aí o Congresso embarca
dos dois na conspiração.
Há da Dilma afastamento,
sequer sem bom argumento
de crimes dela na mão.
Pedaladas não são crimes.
Isto nunca foi vigente
em gestões anteriores.
Porém golpistas atores
latem contra a presidente.
Se bem que nosso Congresso
tem mais ratos e bananas,
exceções feitas e raras,
aqueles ratos às claras,
sacripantas ratazanas.
Velhos ratos, guabirus
de elites politiqueiras,
gente que só dá às vistas,
mas, como ratos golpistas,
pulhas podres de nojeiras.
Entra a Câmara no jogo,
jogo sujo, feito a unha...
Um bando de caramujos,
safados, além de sujos,
cabras de Eduardo Cunha.
Vem admissibilidade
de Dilma sair de cena
e ter seu impedimento:
domingo, o cinza no vento,
um circo a justa condena.
E lá vai para o Senado
da farsa a mesma desgraça:
Renan partido tomando,
um plenário golpeando
no desfecho da trapaça.
Do Senado não se espera
melhor que dos deputados;
ele também é golpista.
Ninguém lá se dói na crista
– Dilma e Lula são rifados.
Afastada a presidente,
vem o vice do golpismo,
e, para a maior festança,
tem ministério de pança
cheinha, mas de fascismo.
Sabe-se lá quão corrupta
essa do Temer patota,
que mais tem de nomes sujos,
de larápios e sabujos,
cada qual ganhando cota.
Também Temer não governa:
vai ver é bicho nas ruas.
Judas o povão não quer.
Ou volta a brava mulher,
então neles sento as puas.
Triste sina a de um golpista,
sem votos, porém num trono,
das praças longe, isolado,
traste interino fadado
a ir-se, ao léu, no abandono.
Fort., 01/06/2016.
O GOLPE DOS RATOS
Triste sina a de um golpista
que deu, só por falsidade,
golpe na democracia...
A ninguém faz serventia
– não tem legitimidade.
Vejam Temer! Vem ao caso.
Arma complô congressista,
trai parceira presidente,
com Cunha trama o que sente,
ambos do bloco fascista.
Aí o Congresso embarca
dos dois na conspiração.
Há da Dilma afastamento,
sequer sem bom argumento
de crimes dela na mão.
Pedaladas não são crimes.
Isto nunca foi vigente
em gestões anteriores.
Porém golpistas atores
latem contra a presidente.
Se bem que nosso Congresso
tem mais ratos e bananas,
exceções feitas e raras,
aqueles ratos às claras,
sacripantas ratazanas.
Velhos ratos, guabirus
de elites politiqueiras,
gente que só dá às vistas,
mas, como ratos golpistas,
pulhas podres de nojeiras.
Entra a Câmara no jogo,
jogo sujo, feito a unha...
Um bando de caramujos,
safados, além de sujos,
cabras de Eduardo Cunha.
Vem admissibilidade
de Dilma sair de cena
e ter seu impedimento:
domingo, o cinza no vento,
um circo a justa condena.
E lá vai para o Senado
da farsa a mesma desgraça:
Renan partido tomando,
um plenário golpeando
no desfecho da trapaça.
Do Senado não se espera
melhor que dos deputados;
ele também é golpista.
Ninguém lá se dói na crista
– Dilma e Lula são rifados.
Afastada a presidente,
vem o vice do golpismo,
e, para a maior festança,
tem ministério de pança
cheinha, mas de fascismo.
Sabe-se lá quão corrupta
essa do Temer patota,
que mais tem de nomes sujos,
de larápios e sabujos,
cada qual ganhando cota.
Também Temer não governa:
vai ver é bicho nas ruas.
Judas o povão não quer.
Ou volta a brava mulher,
então neles sento as puas.
Triste sina a de um golpista,
sem votos, porém num trono,
das praças longe, isolado,
traste interino fadado
a ir-se, ao léu, no abandono.
Fort., 01/06/2016.