A TRAJETÓRIA VITORIOSA DA FAMÍLIA JOCAS NO MUNDO DO KARATÊ-DO
O homem pré-destinado
Que tem bondade no peito
E vive honestamente
Prezando pelo respeito
É sempre abençoado
E por Deus agraciado
Conquistando qualquer pleito.
Falarei do grande feito
De uma família unida,
Que reflete a imagem
De forma bem destemida
Do samurai que disputa,
Mas não desiste da luta
Entregando a sua vida.
Uma linhagem querida
E bastante admirada
Que em todo o Brasil
É bem referenciada,
Os Jocas são conhecidos
Por serem muito aguerridos
Pois topam qualquer parada.
No começo da estrada
Guiado pela vontade,
O patriarca Evilázio
Com doze anos de idade,
Deu o passo inicial
Numa arte marcial
Com muita sagacidade.
Saiu da sua cidade,
Com um instinto afinco,
Partindo de Condado
Firme que nem o zinco
Buscando aquele tema
Que assistira no cinema
E lhe abrirá um vinco.
Um-nove-sete-cinco
Foi o ano que marcou
A história desse homem
Que com garra iniciou
A trajetória de luta
Marcada pela disputa
Que sempre o instigou.
Nesse tempo começou,
No solo paraibano,
E Souza era a cidade
Que servia como pano
Pra trazer lá do Japão
Até o longínquo sertão
Um esporte tão tirano.
E foi nesse dito ano
Que esse jovem escolheu
Lutar o karatê-do
Que tanto prazer lhe deu
Na construção do legado
Que se firmou no translado
De tudo o que ele viveu.
A sua ascensão se deu
No dojo, onde ele impera,
E doze anos depois
No ginásio do Ibirapuera,
Sem berro, muído ou treta
Recebia a faixa preta
Que consagrou essa fera.
E sem temer a quimera
De qualquer competição
Lutou com honestidade
Ganhando admiração
E onde ele competiu,
Poucas vezes não saiu
Com boa premiação.
Oito vezes campeão
Do estado que nasceu,
E um interestadual,
Ele lá, também venceu,
Mostrando a cada Ippon
A grandeza desse dom
Que o nosso Deus lhe deu.
O melhor aconteceu
Foi no Open Nacional,
Evilázio consagrou-se
Levantando com moral,
O troféu, ao conquistar
Na categoria kata
A disputa principal.
E também no Nacional
Entregou-se de coração,
E por três oportunidades
Foi o vice-campeão
Mostrando para o Brasil
Um karateca viril,
Comprometido e durão.
Mas em outra ocasião
Cumprindo essa sua sina,
Foi o vice-campeão
No país da Argentina,
Levando nossa bandeira
No torneio Brasil-Fronteira
Mostrando a que se destina.
Como ave de rapina
Casando o que lhe convém,
Em um-nove-nove-dois
Agindo pelo seu bem,
Encontrou a melhor via,
E abriu uma academia
Batizada de Asseiken.
Encravada num moquém
Desprovido da tendência
De nas Artes Marciais
Se incluir com consistência,
Pau dos Ferros abrigou,
E Evilázio, inaugurou
Sem temer pela falência.
Começou na Independência
Avenida bem central
E depois foi deslocada
Pro Salão Paroquial
Mas ele mudou de plano,
E pra Hipólito Cassiano
Mudou-se sem nenhum mal.
Mas o lugar ideal
Seria mais para dentro
Então foi pra Fisiocárdio,
E depois, para o centro
Mas pra rezar o bendito
O bairro São Benedito
Serviu com muito intento.
Mas pra dar um incremento
E mudar esse ensaio
Levou sua academia
Pra Rua 13 de maio
Se instalando nesse canto
Na saída pro Encanto,
Bem na boca do balaio.
E sem temer por impaio,
Procurando novos ventos,
A Asseiken foi levada
Para a Praça de Eventos,
Mas pagando aluguel
Nenhum lugar é o céu
E os retornos são lentos.
Coroando os implementos
Galgados na honestidade,
A família conseguiu
Com muita sagacidade
Usar a sabedoria
Construindo uma academia
Na sua propriedade.
Tamanha foi a vontade
De ganhar independência
Que os Jocas levantaram
Com garra e persistência,
Um prédio que hoje tem,
O nome da Asseiken
Como marca da resistência.
Evilázio com essência
Educou os seus herdeiros
Mostrando a importância
Dos valores verdadeiros
Que trazem prosperidade
Respeito e propriedade
Como marca dos guerreiros.
Plantando nos seus canteiros
As sementes do amor
Que germinaram num meio
Regadas pelo labor,
A família só cresceu,
Mas cada um desenvolveu
O perfil de vencedor.
Recebido com clamor
Nasceu o primeiro filho
Que trouxe para os Jocas
A beleza e o brilho
Banhados de esperança
Na chegada da criança
Que seguiria no trilho.
Preparando o gatilho
Para um tiro certeiro,
Evilázio não hesitou
Em treinar o seu guerreiro,
Que hoje é consagrado
Construindo o seu legado
No cenário brasileiro.
E nesse país inteiro
O Júnior foi campeão,
E foi em dois mil e quinze
Que ganhou admiração,
Pois de forma genial
Foi no Open Nacional
A grande consagração.
A luta não foi em vão
Isso eu posso afirmar,
Pois ele foi premiado
Com o primeiro lugar,
Mostrando que esses Jocas
São como as voçorocas
Lutando contra o mar.
E gostando de estudar,
Muito calmo e calado,
Júnior cresceu na vida
E hoje está formado,
Já fez pós-graduação
E com tanta educação
É bastante respeitado.
E honrando o legado
Desse povo que só brilha,
A figura feminina
Que chegou nessa família
Tem a garra e a destreza
Envolvidos na beleza
Dessa tão querida filha.
Pois Ehrika também trilha
Esse caminho de luta,
E desde cedo treinou
Pra vencer qualquer disputa,
Com ela não tem dilema,
E se chega um problema,
Ela esquiva, soca e chuta!
Muito forte e soluta
Seu carisma é genial
Pois trabalha com crianças
E não perde o astral,
Ensinando com vontade
E muita seriedade
De forma profissional.
E no Open Nacional
Ela também foi lutar
E sagrou-se campeã
Na categoria kata,
E na principal disputa,
Foi premiada na luta
Com o segundo lugar.
É mais uma desse lar
Com Curso Superior,
E assim como o seu pai
Que é um educador,
Tem a sua formação
Na área da educação
Onde atua com amor.
Herdando esse furor
Pelas Artes Marciais,
O mais novo dos irmãos,
Que não é, nem um rapaz
Já disputa e conquista
E não baixa sua crista
Pois tem equilíbrio e paz.
O que Thauy Jocas faz
Gente grande se admira
Pois ele é invocado
E não perde sua mira,
Tem a postura e o tino,
E mesmo sendo menino
A confiança lhe inspira.
Karatê ele respira
E treina o tempo inteiro,
Só tem oito de idade
E é Tri Open Brasileiro,
Levantando com moral
O troféu no Nacional
Mostrando que é ligeiro.
E esse grande celeiro
Outra promessa anuncia,
É a neta de Evilázio
A pequena e linda Liah,
Que já conquistou medalha
E vai botar a cangalha,
No avô, nos tios e na tia!
O Karatê-do foi a via
Que essa família trilhou
Uma história vitoriosa
Digna de quem batalhou
Pois na dor ou dificuldade,
Essa força de vontade
Nem se quer os abalou.
Tudo o que conquistou
Foi com força de vontade
Mostrando que o segredo
De toda prosperidade
É seguir o seu caminho,
Com paz, amor, carinho
E muita serenidade.
Toda a nossa sociedade
Se curva em reverência
Aos pés desses vencedores
Que pela experiência,
Merecem agora, e após
O mais respeitoso dos Oss
Em nome da sua essência.
Que todos tomem ciência
Desse trabalho tão grato
Que foi feito com carinho
Por um cordelista nato,
Que usou todas as brocas
Para homenagear os Jocas,
Que é Robson Renato.