UM HOMEM REFLEXO DE UM PÁSSARO

O destino nos marca ao nascer

E desenha um caminho a trilhar

Este enredo vai entristecer

Mais a muitos vai maravilhar

Por ter uma trajetória bem triste

E também uma lição a ensinar

Que na vida tanta coisa existe

Pois agora vou disseminar

Em Malhada nasceu um bom homem

Uma cidade que nos faz lembrar

De uma vaca ao citar o seu nome

A malhada vaquinha que há

Esta vaca está na história

Desta rima que quero contar

Pois a mesma ficou na memória

De pessoas que vou apontar

Passar fome não é brincadeira

Uma guerra pior não tem não

Pois a guerra parece besteira

Comparando a guerra é ilusão

Desnutrido um garoto ficou

E aos doze pra o mundo seguiu

Em malhada não mais retornou

Foi assim que na Mata surgiu

Lembro agora de um passarinho

Seco e magro um jacu a cantar

E também um garoto menino

Pela fome seus o ossos mostrar

Do jacu provém o apelido

E o boy é menino no inglês

JacuBoy um inocente menino

O poeta explica o talvez

Um apelido no mesmo Ferraram

Como se ferra uma vaca igual

E JacuBoy foi assim que chamaram

Registraram na alma o sinal

E Jacuboy com o destino marcado

Trabalhou para um fazendeiro

Sua missão era cuidar de um gado

Cujo o dono era o GARROTEIRO

JacuBoy homem trabalhador

Teve uma luta pra fome isolar

Mas na vida encontrou um amor

E aos dezenove foi logo casar

Uma dádiva que o bom DEUS lhe deu

Grande guerreira pra o mesmo ajudar

Na sua vida o AMOR floresceu

Sete filhos pra ele criar

E assim Jacuboy alegrou-se

Com seus filhos o AMOR lhe chegou

No seu íntimo uma promessa firmou-se

Com a esposa os joelhos dobrou

E a DEUS um pedido fazia

Para força em si colocar

E dali uma promessa trazia

Para os filhos nunca fome passar

Trabalhava diuturnamente

Pra cumprir a sua questão

Dia e noite mas sempre contente

Não faltava na mesa o pão

Na fazenda um homem honesto

Na cidade um homem direito

Jacuboy um homem correto

Para os filhos um herói sem defeito

E um fato marcou alegria

Jacuboy conseguiu ajuntar

Os parentes que a tempos não via

Vinte anos depois de passar

Alegria estampada no rosto

Mais alegre era o seu coração

Pois o mesmo realizou o seu gosto

De juntar a família aos irmãos

E agora da bíblia um relato

Jesus Cristo com doze a ceiar

Um exemplo mostrou num bom ato

Os seus apóstolos sempre a nortear

Trinta e três era a sua idade

Sua família na terra os irmãos

E pregou a santa trindade

Quando fez sua final refeição

Dos apóstolos um lhe traiu

O destino assim escolheu

Pra cumprir papel que aderiu

Depois disso inforcou-se e morreu

Bem assim toda vida reflete

O destino sempre está a marcar

Sua marca gruda como chiclete

Sendo assim não podemos mudar

Jacuboy a família reunira

Não previa a partida chegar

E depois de trinta e três dias

Veio a vaca o destino selar

No curral onde o mesmo estava

Na labuta de uma criação

Foi traído com uma pancada

Atingido no seu coração

O destino pra ele chegara

E vaca cumpriu seu papel

Com a cabeça o peito marcara

Jacuboy foi morar lá no céu

Meu destino como EVANGELISTA

Para o povo poder divulgar

Talvez seja fundamentalista

Mas só quero aos filhos mostrar

Que o bom DEUS a Jacuboy assistia

Sempre vendo sua luta de lá

E na vaca o papel consistia

Pra o destino do Jacboy confirmar

Jacuboy um herói para os filhos

E pra DEUS tinha um bom coração

E com DEUS lá do céu ver seus filhos

Com a certeza que cumpriu sua missão

MAL EVANGELISTA
Enviado por MAL EVANGELISTA em 16/05/2016
Reeditado em 16/05/2016
Código do texto: T5637357
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