AO “LIVRINHO”
Num esboço de cordel
Algo aqui... bem rapidinho
Sem nenhuma intenção
Que não seja a lembrança
E até mesmo a esperança!
De ao povo fornecer
Toda a plena segurança
Para o chão alvorecer;
Faço aqui breve relato
Da matéria em importância:
É que existe um “livrinho”
Que a nós foi bem lembrado
Em discurso pronunciado
Pelo homem do condão:
Já um mestre bem letrado
Nos caminhos desenhados
Pela lei em redação...
É um baita dum livrinho!
Não é História em quadrinhos
De personagens em ficção.
"Rumo-cerne" da Nação!
É um Douto postulado!
Nobre e master aprovado
Algo que foi bem pensado...
E deveras planejado,
Em sagrada reunião
Da história bem recente
Destinada à nossa gente
Dos tantos contribuintes
Muito bem representados
Na banca Constituinte!
Assembléia dos eleitos
Pelo povo insatisfeito
A escrever a direção
Dum futuro com legado
Crescimento agigantado
Dum gigante em ascensão
À futura geração;
De repente o livrinho
Parecia esquecido!
Algo meio ressentido...
Quiçá fora rasgado?
Ou talvez só desprezado...
Pela voz lá “dos balcão”?
Pelo povo acostumado
No amigo aclamado
A gritar a regressão
A seguir apequenado
Na bagunça em progressão.
De repente o livrinho
Novamente aclamado
Em segundos relembrado
Ressurgiu abençoado!
No discurso em progressão
Ao povo aliviado
De tamanha opressão.
Quase uma ressureição!
Passou a ser ensinado
Pelo orador em questão:
Se a dúvida então surgisse
Ao gestor em atuação...
“o que diz nosso livrinho?”
Eis o X, nobre questão!
Ele então se perguntou...
E ensinou que a regrinha
Da pergunta escondidinha
Deveria ser seguida...
E a pergunta eclodiu
A todo povo do Brasil
O que diz nosso livrinho!?
O que diz nosso livrinho?!
Novo mantra então surgiu
Ao nobre povo varonil!
Que então se relembrou
Que o Norte da equação
É a Lei, maior menção
Para qualquer direção!
O livrinho honorífico
Retomou o seu sentido
De sagrada existência
Aonde há a consciência
De igualdade de Direitos
Para todo cidadão
Seja ele pobre ou não!
Também reza a conseqüência
Do dever posto em carência
Pela toda indecência
De vil obsolescência
Que aturdiu toda Nação.
E num tom poetizado
Até algo aculturado
Num cordel emocionado...
Conto o frio do meu pedaço
Que congela o coração:
Afugento o aprendizado,
Tão cruel, tempo assombrado
Aonde o povo foi roubado
Sem a mínima “querência”
Foi plantada só “ sofrência”!
O que soava no palanque
Era antítese em chão queimante.
Eu termino meu cordel
Rezando aos nossos céus!
Que nos haja a clemência
Frente à tanta decadência...
Que Deus possa no livrinho
De histórica inspiração
Em essência de LIVRÃO
Conceder o livramento
Para tanto sofrimento!
Esses que nos foram: “ão”
Retrocesso de montão...
Sórdida corrupção!
A lesar o nosso bolso
Que à vida fez arrocho
A sangrar toda Nação,
Nos conceda o Príncípio
De valor já registrado
Ao povo tão arretado!
No livrão já consagrado:
Frente à mínima questão
O que diz nosso livrinho?!
É como doce carinho...
Que nos haja sempre em mãos
A nossa Constituição!
Em presente direção...
Carta MAGNA: ao cidadão.