O segredo do guarda roupas
Vou lhe falar sobre outro mundo
Enquanto eu falo, cale a boca
Vou resumir um pouquinho
Porque tem mãe que fica louca
Sobre o bicho que engole tudo
Faz a gente ficar mudo
É o tal do guarda roupas
Juro que revirei tudo
De cueca, camisa e calcinha
Procurei nas quatro partes
Nas gavetas miudinhas
Não achando a minha calça
Nos cabides cheios de alças
Tive que chamar maínha
Não sei qual é a bruxaria
Toda mãe sabe fazer
Eu jurei que não estava lá dentro
Aquilo chega me fazia sofrer
Ela disse -você nem tenta
Vou esfregar na sua venta
Que é pra você aprender
Acredite meu irmão
Eu nem sei como falar
Maínha nem procurou
Só fez abrir e pegar
Mãe perguntou se sou desajuizado
Já nasci abestalhado
Ou tenho preguiça de procurar
São Paulo, décimo primeiro dia do mês das noivas de dois mil e dezesseis, ano do nosso senhor Jesus Cristo.
Laudo Costa.