Vixe mainha!

Lenvantei os oi pelo meio do serrado

E de longe avistei

Uma ruma de muié pelo meio da cantinga,

pelo meio dos embrenhado.

Tinha lata na cabeça,

tinha memnino encgachado,

tinha troxa de roupa de ganho,

tinha foice pro roçado.

Nada trompava elas,

nem os espinho dos ói de gato.

Vistando aquela cena,

Fiquei logo matutando

Será que é muié mermo?

Ou será ingano.

Vixe que depois de muitas horas avaliando o que acontecia,

Descobri que não era coisa de outro mundo,

Era coisa de todo dia,

Conclui que mulher só não era,

Mulher...só isso não seria!

Mas num é que descobrir que era tudo mãe,

Ou como se diz por ai era tudo “mainha”.

Pense numa raça de povo valente,

Acorda cedo,

barre a casa faz café,

limpa tudo,

trabaia o tempo todo, inté acabar o dia.

Matutei, matutei e fiquei pensando....

Que as mãe da cidade,

das da qui num é diferente

Faz tudo pelos fio,

Pra fazer deles boa gente.

Por isso minhas mainhas,

gostaria de dizer,

Vocês são de dar gosto,

Arretadas pra valer.

Esse cordel, é muito simples,

Mas uma forma de dizer,

Que seu valor é imensurável,

Ta pa riba das estrelas que aparece no anoitecer.

Vixe mainha....

como eu gosto de você.