Sede de poder.
Toda sede de poder
Desconhece o seu limite
Esqueceu o que é dever
Divergência não permite
Se alguém consegue ver
O poder sempre o demite.
O Poder sempre comanda
Mas é sempre um sugador
Na Justiça também manda
Do congresso é o senhor
Pra suprir sua demanda
Tributa o trabalhador.
Protege o apaniguado
Nada vê, tudo ignora,
Esqueceu do seu passado
Porque este o apavora
Fica sempre acomodado
Tudo faz fora de hora.
Acomoda o inimigo
O que quer é esbanjar
O discurso mais antigo
Esqueceu de praticar
A mentira é o seu abrigo
Nela obriga acreditar.
O sucesso momentâneo
Pensa ser pra todo o tempo
Quer fazer o sucedâneo
Pra manter o seu intento
Para todos causa dano
Pro país é desatento.
Põe a turma no poder
Para assim locupletar
Generoso em prometer
Competente em desviar
Sempre esquece o dever
Seu desejo é enganar.
Seu partido é desonesto
Seus ministros falastrões
Seu desejo manifesto
É conluio com ladrões
O povo é somente o resto
Não passa de bobalhões.
O Poder nunca tem ordem
Só existe no palácio
Ao país leva desordem
Para o furto é presa fácil
E talvez de mim discordem
Mas o meu alerta eu faço.
Sou apenas cidadão
Cumpridor do meu dever
Luto pra ganhar o pão
Tenho um limpo o proceder
O que faço na eleição
Vou agora esclarecer.
O meu voto serve apenas
Para acordo homologar
Não ha liberdade plena
O que existe é tapear
Sou enganado sem pena
Por quem deve governar.
Em branco é como eu voto
Faço desse o meu protesto
Em vantagem eu não aposto
Para otário eu já não presto
Isto que agora adoto
É fazer um manifesto.
Vou seguir o meu destino
No meu modesto viver
Não procuro o desatino
Da ganância do Poder
Quero apenas ter o tino
De um honesto eu eleger.