Sede de poder.

Toda sede de poder

Desconhece o seu limite

Esqueceu o que é dever

Divergência não permite

Se alguém consegue ver

O poder sempre o demite.

O Poder sempre comanda

Mas é sempre um sugador

Na Justiça também manda

Do congresso é o senhor

Pra suprir sua demanda

Tributa o trabalhador.

Protege o apaniguado

Nada vê, tudo ignora,

Esqueceu do seu passado

Porque este o apavora

Fica sempre acomodado

Tudo faz fora de hora.

Acomoda o inimigo

O que quer é esbanjar

O discurso mais antigo

Esqueceu de praticar

A mentira é o seu abrigo

Nela obriga acreditar.

O sucesso momentâneo

Pensa ser pra todo o tempo

Quer fazer o sucedâneo

Pra manter o seu intento

Para todos causa dano

Pro país é desatento.

Põe a turma no poder

Para assim locupletar

Generoso em prometer

Competente em desviar

Sempre esquece o dever

Seu desejo é enganar.

Seu partido é desonesto

Seus ministros falastrões

Seu desejo manifesto

É conluio com ladrões

O povo é somente o resto

Não passa de bobalhões.

O Poder nunca tem ordem

Só existe no palácio

Ao país leva desordem

Para o furto é presa fácil

E talvez de mim discordem

Mas o meu alerta eu faço.

Sou apenas cidadão

Cumpridor do meu dever

Luto pra ganhar o pão

Tenho um limpo o proceder

O que faço na eleição

Vou agora esclarecer.

O meu voto serve apenas

Para acordo homologar

Não ha liberdade plena

O que existe é tapear

Sou enganado sem pena

Por quem deve governar.

Em branco é como eu voto

Faço desse o meu protesto

Em vantagem eu não aposto

Para otário eu já não presto

Isto que agora adoto

É fazer um manifesto.

Vou seguir o meu destino

No meu modesto viver

Não procuro o desatino

Da ganância do Poder

Quero apenas ter o tino

De um honesto eu eleger.

Renato Lima
Enviado por Renato Lima em 30/04/2016
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