Linhas tênues
 
Não sei bem pra onde
Se expandiria a mente
Se mais à frente os dentes
Travam e cravam mais
 
São os seus costumes
Que então prevalecem
Que não arrefecem
Quando olham pra trás
 
Juntam sua história
Autêntica esquecida
Com as pretendidas
Num sonho fugaz
 
As cabeças rudes
Em vão travestidas
Como fosse a vida
Que ainda possua
 
É que não aprendem
O próprio fator
Que trocando o ator
A peça continua
 
Este ser humano
Cozinhado lento
Com fumaça e vento
O gosto não desfaz
 
São constatações
Que a si não constata
Elegem e marcam data
Mas acham demais
 
Na penumbra amarga
Do que não dá certo
Inoculam abjetos
Insetos viscerais
 
E a plateia alheia
À real disputa
Firme e resoluta
Para o brejo vai
 
Sem saber bem claro
Qual o lado correto
Considera um certo
Em qual lucrará mais
 
Nessa roda viva
Geram seus valores
Futuros tutores
Gestores morais