A Saga de Um Caipira

Chega doer em meu peito

Me Alembrar do Sertão

Do Aboiar dos Vaqueiros

Da Viola e da Canção

Lá eu era tão filiz

Naquela Taperazinha

Ô qui baita casamento

foi o meu cum a Rozinha

Era a mais linda Rosa

qui tinha lá no Rincão

e foi praquela Vilgem

qui eu dei Meu coração

E nove mês despois

Nasceu o menino Chico

Eu tremi de cima a Baixo

Quando Rosinha deu um Grito

O menino foi crescendo

Tangia comigo o Gado

Nas Terras de Zé Honoru

Um Cabra Macho Aloprado

Mas um dia veio uns hômi

Falando em educação

qui eu fosse levar o chico

lá pra civilização

Dizia calí nus matu

O Chico ia se perder

se for morar na cidade

será doutor ao crescer

As lágrimas desceu dos óiu

Mas eu Deixei a Terrinha

Viemos morar na Cidade

Eu, o Chico, e a Rosinha

O Chico hoje é doutor

se Chama dôtô Francisco

A rosinha è merendeira

Eu Fico catamdo lixo

Ai que sardade da rocinha

do Plantí de Bananeira

do Cará ,bãi de Riacho

de Meus Pé de Laranjeira

Onde e meus compadres

A noite ao fim da Jornada

Nós cantava hino ao Senhor

e Lia na Bíblia Sagrada

Muito anos se passaru!

E nossa vida mudô

Nossa casa é de tijolo

A de Taipa nós deixô

Naquele lugar sem luz

tinha menos escuridão

nós aqui tem luz no Poste

E treva no coração

Eu nesta cidade Grande

sou um caipira sem valor

E minha esperança

É ir morar com o Senhor

E ontem emocionado

Olhei o céu com Amor

Fiz pedido à Jesus Cristo

o Meu amado Senhor

Tira me neste momento

Desta infelicidade

Leva Eu e Minha véia

Pra viver na Eternidade!

EDIVALDO COBRA
Enviado por EDIVALDO COBRA em 03/10/2005
Reeditado em 16/11/2005
Código do texto: T55945