MOSQUITO DO CÃO.
Eu de cá fico pensando
Como seria o merengue
De Antônio conselheiro
Enfrentando esse perrengue
Com os mosquitos miúdos
Abandonando Canudos
Só porque tava com dengue.
E o famoso padre Cícero(ciço)
De uma história tão rica
Por de baixo da batina
O mosquito vem e pica
correndo ia ele ligeiro
Do Crato e de Juazeiro
Com medo da tal da zika?
Imagine só a vergonha
Servindo de testemunha
O temido Lampião
Que tanta coragem alcunha
Torto de dor e cansaço
Abandonasse o cangaço
Por causa da chikunguya?
Eita mosquitinho infame
Esse não há quem aguente
Não usa faca ou punhal
Não possui unha nem dente
Sem ter tamanho ou porte
Derruba o fraco e o forte
Enfrenta qualquer valente.
Se eu tivesse o poder
Sobre esse inseto fatal
Usaria acredite
Como arma natural
Para livrar a nação
Esse mosquito do cão
Ia picar outro mal.
O meu exemplo é simples
Em pouca rima encerra
Estancaria a ferida
Que jorra sangue na terra
Botando a dengue safada
Para dá uma picada
No cangote ruim da guerra.
Outra carrada eu juntava
Com todo meu otimismo
Levando esses mosquitos
Para beira de um abismo
E comandando a tabica
Dava ordem pra tal zika
Ferroar o egoismo.
E pra terminar a missão
Sem bandeira e sem nome
Atacava de uma vez
Aquela que nos consome
A sua caveira eu expunha
Depois que a chikunguya
Matasse toda a fome.