O CORDEL DOS GEOGLIFOS
(O mote deste cordel foi o desafio do genial e irrequieto trovador Paulo Miranda. Com o texto "Os Geoglifos do Kazaquistão", fez-me voltar aos bancos escolares, com muito prazer, por sinal.)
Parte um - Vida de Pesquisador
Miranda eu nem te conto
Assim que me deste o ponto
Pesquisa virou meu gol
Procurei por todo lado
E até teu arrazoado
Hoje encontrei no gugol
Vi fotos interessantes
Umas gravuras gigantes
O tema me impressionou
Parte dois - Será Que Dá Pra Mim?
Depois me vi "matutano" (tudo pela rima)
Será que num foi engano
A tarefa que(o professor) passou?
Vez que não sou ufólogo
Sequer aprendiz de astrólogo
Nem de Raul vi um chou
Depois pensei: meu rapaz
O "homi" sabe o que faz
Professor é professor
Vá decifrar os "escrito"
E descubra algo bonito
Conforme ele "incomendou" (corretor de texto sofre!)
Parte três - Parece Que Ninguém Sabe!
Voltando pra completar
Sirvo-me agora da décima
Pois a cabeça está péssima
E o tempo anda a faltar
Cansei-me de pesquisar
Mesmo com o povo de casa
Se até os cabras da Nasa
Desistem do diagnóstico
Eu que não sou agnóstico
Vou "avoar" sem ter asa
Parte quatro - Por Eliminação
O tal rabisco afegão
Por certo não vem de Zeus
Pois Olimpo e Pirineus
São morros sem expressão
A escala e a imensidão
Daquela escrita fantástica
Desafia as artes plásticas
Geo e trigonometria
São aula de simetria
Inclusive a tal "zuástica"
Parte cinco - Só pode ter sido Ele
Professor tou convencido
Que o autor dos manuscritos
Deixou muito mais escritos
Talvez "inté rependido"
Cansado e um tanto moído
Enquanto riscava o chão
Cismava em decepção
Descansando em sua rede
Batia o pé na parede
Com a joia da criação (o homem)
(Dedicado ao colega recantista Paulo Miranda.)
.