Desencontros
O amor e a bondade
Um dia fizeram amizade
Amena, para a bondade,
Por sua clássica boa vontade
Intensa para o amor,
Por óbvia peculiaridade
Com passar de algum tempo
O amor foi descobrindo
Que os hábitos da bondade
Estavam lhe consumindo
O que tinham em comum
Era outro amor divergindo
O amar dessa bondade
Era geral e irrestrito
Não se prendia a um amor
Egoísta e circunscrito
Então o amor sofria
Por ser só um nesse círculo
Inclusive duvidava
Que a bondade o amasse
Era pena, dó que usava
Nalgum tempo que lhe sobrasse
O amor se desesperava
Pra que a bondade o olhasse
De nada lhe adiantava
Uma bondade genérica
Por sua vez a bondade
Fundada na sua ética
Não cedia e não mudava
Esse amar de aritmética
Como a bondade não ama
Como o amor gostaria
Ele chora, pensa e trama
Mil formas em que poderia
Tornar a bondade insana
Tal como ele se sentia
Seguiram assim divergentes
No etéreo espaço invisível
O amor com o peito em chamas
A bondade impassível
Num impossível existente
Pra o amor então, terrível.
O amor e a bondade
Um dia fizeram amizade
Amena, para a bondade,
Por sua clássica boa vontade
Intensa para o amor,
Por óbvia peculiaridade
Com passar de algum tempo
O amor foi descobrindo
Que os hábitos da bondade
Estavam lhe consumindo
O que tinham em comum
Era outro amor divergindo
O amar dessa bondade
Era geral e irrestrito
Não se prendia a um amor
Egoísta e circunscrito
Então o amor sofria
Por ser só um nesse círculo
Inclusive duvidava
Que a bondade o amasse
Era pena, dó que usava
Nalgum tempo que lhe sobrasse
O amor se desesperava
Pra que a bondade o olhasse
De nada lhe adiantava
Uma bondade genérica
Por sua vez a bondade
Fundada na sua ética
Não cedia e não mudava
Esse amar de aritmética
Como a bondade não ama
Como o amor gostaria
Ele chora, pensa e trama
Mil formas em que poderia
Tornar a bondade insana
Tal como ele se sentia
Seguiram assim divergentes
No etéreo espaço invisível
O amor com o peito em chamas
A bondade impassível
Num impossível existente
Pra o amor então, terrível.