NORDESTINO DE VERDADE /
NORDESTINO DE VERDADE
(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=25/jan./2016)
Nordestino de verdade
De hoje ou antigamente
É uma fértil semente
Não importa sua idade
É dotado de bondade
Para com seu semelhante
Na vida o preponderante
É a sua honestidade.
É um ser trabalhador
Seja homem ou mulher
Jamais foi um ser qualquer
Mentiroso ou extorquidor,
Quando pode é doutor,
Se não pode se conforma
E abraça sua norma
De ser um agricultor.
Em tudo há exceção,
Nem tudo enfim é igual,
Olhe em si próprio afinal
Nos dedos de cada mão
A diferenciação
Prova a desigualdade
Nordestino de verdade
É o meu tema em questão.
Muitos não dão importância
Ao que é sabedoria
Vivem em plena harmonia
Com a sua ignorância
Usando de exorbitância
Em cobranças desleais
Esquecendo-se que os pais
São espelhos para a infância.
O nordestino de outrora
Deixou-nos um bom legado,
Analfabeto, educado,
Bem diferentes de agora
Onde o letrado ignora
O que é a humildade,
Prima pela vaidade
E rir daquele que chora.
Ser nordestino, portanto,
É só nascer no nordeste,
Mas, ser um cabra da peste,
Verdadeiro, no entanto,
Não é preciso ser santo,
É ter só essa herança
Que desde quando criança
Com muito orgulho eu canto.
(3o. pág. 197)