O poder da língua
Quem espalha mexericos
É um tolo falador
É pessoa sem juízo
Um cruel difamador
Sempre fala o que não deve
Quem à língua, nem de leve,
Põe um fecho inibidor.
Quem põe guarda à sua boca
Das angústias guarda a alma
Use bem suas palavras
Se quiser a vida calma
Pois terá de aguentar
Consequências do falar
Não perdoam u’a vivalma.
As palavras que falamos
Sempre estão a refletir
O que somos, o caráter
Se pensamos para agir:
Se medito ao responder
Se procuro o que dizer
Que palavra há de sair.
Tanto a vida quanto a morte
No poder da língua estão
Uma bênção pode ser
Produzir satisfação
O afoito a empregá-la
Que não mede o que fala
Só recebe maldição.