Amados versos Culpados
Minha gente me desculpe
Porque eu tenho essa mania
Que me vem feito magia
De fazer rimar os versos
Talvez por ser nordestino
Tendo nascido laçado
O cordel trançou o destino
No meu pescoço enrolado
Esses nós, esses trançados
Foram um tanto assimétricos
Pois a sílaba e a palavra
Forço pra que fique estético
Numa luta desgraçada
Do poeta de calçada
Atrás do recanto certo
Luta por notoriedade
Que se disfarça na gente
Que só fica à vontade
Se nos mostra diferente...
Num frenesi da vaidade
Que, pra dizer a verdade
Deixa a intenção transparente
Outra das minhas manias
É a intelectualização
Pedante e chata fobia
Deve nem dar compaixão
Pois mais dia, menos dia
Mesmo quem lê todo dia
Diz: segue o jogo! Essa não!
São as coisas que se passam
Lá no interior da gente
Misturadas com as mágoas
As rejeições, os batentes...
Sonhos que não dão em nada
Coisas que, canalizadas
Viram versos, de repente.
Há mil formas e formatos
Milhões de temas que inspiram
Coisa que, através dos atos
Os poetas construíram
Sentimentos abstratos
Concretos, enigmáticos
Loucos como este que viram
Minha gente me desculpe
Porque eu tenho essa mania
Que me vem feito magia
De fazer rimar os versos
Talvez por ser nordestino
Tendo nascido laçado
O cordel trançou o destino
No meu pescoço enrolado
Esses nós, esses trançados
Foram um tanto assimétricos
Pois a sílaba e a palavra
Forço pra que fique estético
Numa luta desgraçada
Do poeta de calçada
Atrás do recanto certo
Luta por notoriedade
Que se disfarça na gente
Que só fica à vontade
Se nos mostra diferente...
Num frenesi da vaidade
Que, pra dizer a verdade
Deixa a intenção transparente
Outra das minhas manias
É a intelectualização
Pedante e chata fobia
Deve nem dar compaixão
Pois mais dia, menos dia
Mesmo quem lê todo dia
Diz: segue o jogo! Essa não!
São as coisas que se passam
Lá no interior da gente
Misturadas com as mágoas
As rejeições, os batentes...
Sonhos que não dão em nada
Coisas que, canalizadas
Viram versos, de repente.
Há mil formas e formatos
Milhões de temas que inspiram
Coisa que, através dos atos
Os poetas construíram
Sentimentos abstratos
Concretos, enigmáticos
Loucos como este que viram