CORDEL: SOU NORDESTINO ARRETADO
Sou nordestino arretado
Vou falar do meu lugar
Terra de cabra da peste
Terra de homem valente
Do sertão e do agreste
Terra do mandacaru
Do nosso maracatu
Meu lugar é o Nordeste!
Sou nordestino arretado
Da terra do candomblé
Das cachaças, dos bendito
De muito frevo no pé
Do poder da oração
Do forró de Gonzagão
Do aboio e muita fé.
Sou da terra nordestina
Por ela, sinto paixão
A terra de Virgulino
O famoso Lampião
Tô aqui desde menino
Na terra de Vitalino
Rei do barro feito à mão.
Sou da terra nordestina
Do cordel, do violeiro
Terra de Alceu Valença
E de Jackson do Pandeiro
Terra de Luís Gonzaga
Que nosso forró propaga
Famoso no mundo inteiro.
Sou da terra nordestina
Do coco, da embolada
Da ciranda, do baião
Dos bendito, das toada
Chapéu de couro, alpercata
Terra de gente pacata
E de praia ensolarada.
Sou da terra nordestina
Dela, ninguém me separa
Tem tudo pra se viver
Uma culinária rara
Uma beleza campestre
Só deixo o meu Nordeste
No último pau-de-arara.
Autor: Carlinhos Cordel
Cupira, 27 de dezembro de 2015.