Uma vez de cada coisa

A boneca que nasceu muda,

Por Dr Caramujo foi curada,

Uma pílula falante é tomada,

Agora é um Deus nos acuda,

Com a tagarela de voz aguda,

Invencionices e atropelações,

Idéias? São mais de milhões,

E comete os pecados infantis,

E vive empinando seu nariz,

Cheia de birras e malcriações.

Emília é uma boneca gente,

De panos pra lá de colorido,

Fala tanto que fere o ouvido,

Tem uma língua tão quente,

Quase sempre é imprudente,

Invencionices e atropelações,

Ideias? São mais de milhões,

Que fala até pelos cotovelos,

Sem ideias nos seus cabelos.

Cheia de birras e malcriações.

Tão sabichona e tão esperta,

A boneca enchida de macela,

Tapeia, finge não ser com ela,

Então, permaneça em alerta,

A torneira de asneira é aberta,

Invencionices e atropelações,

Ideias? São mais de milhões,

Enrola o mundo na conversa,

Esse trapinho versa e reversa,

Cheia de birras e malcriações.

Se acha linda, também chique,

Gosta muito é de dar palpite,

É falastrona de tirar o apetite,

Dá ‘pitaco’, e muito chilique,

Um nó cego e faz trambique,

Invencionices e atropelações,

Ideias? São mais de milhões,

A sua teimosia é tão gritante,

Com suas vontades, petulante,

Cheia de birras e malcriações.

Uberlândia MG

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 08/12/2015
Reeditado em 10/05/2023
Código do texto: T5473957
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