Uma vez de cada coisa
A boneca que nasceu muda,
Por Dr Caramujo foi curada,
Uma pílula falante é tomada,
Agora é um Deus nos acuda,
Com a tagarela de voz aguda,
Invencionices e atropelações,
Idéias? São mais de milhões,
E comete os pecados infantis,
E vive empinando seu nariz,
Cheia de birras e malcriações.
Emília é uma boneca gente,
De panos pra lá de colorido,
Fala tanto que fere o ouvido,
Tem uma língua tão quente,
Quase sempre é imprudente,
Invencionices e atropelações,
Ideias? São mais de milhões,
Que fala até pelos cotovelos,
Sem ideias nos seus cabelos.
Cheia de birras e malcriações.
Tão sabichona e tão esperta,
A boneca enchida de macela,
Tapeia, finge não ser com ela,
Então, permaneça em alerta,
A torneira de asneira é aberta,
Invencionices e atropelações,
Ideias? São mais de milhões,
Enrola o mundo na conversa,
Esse trapinho versa e reversa,
Cheia de birras e malcriações.
Se acha linda, também chique,
Gosta muito é de dar palpite,
É falastrona de tirar o apetite,
Dá ‘pitaco’, e muito chilique,
Um nó cego e faz trambique,
Invencionices e atropelações,
Ideias? São mais de milhões,
A sua teimosia é tão gritante,
Com suas vontades, petulante,
Cheia de birras e malcriações.
Uberlândia MG
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