* O poder da doçura *
O viajante caminhava pela estrada,
E um pequeno rio começou a observar.
Que começava tímido entre as pedras.
Seguiu-o para saber onde ele ia acabar.
Aos poucos, seu volume aumentava
E o rio maior se tornava.
O viajante a seguir e admirar.
Mais adiante, o pequeno rio
Dividiu-se em dezenas de cachoeiras,
Num espetáculo de águas cantantes.
A música o atraiu de uma maneira
Que cada vez mais se aproximou
E descendo pelas pedras, chegou.
A uma das mais lindas cachoeiras.
Descobriu, finalmente, uma gruta.
Criada com paciência caprichosa.
Ele a foi adentrando e admirando
As pedras gastas e rochosas.
De repente, uma placa descobriu.
Alguém estivera aqui e saiu.
Escrita com letras horrorosas.
Com a lanterna, iluminou os versos
Que nela estavam escritos.
Eram versos de um grande escritor
Que falava de um amor bonito.
- Não foi o martelo que as deixou perfeitas
Mas a água, que aqui se deleita
Pelo menos assim acredito.
Com sua doçura, dança, e canção.
Ela criou esta gruta maravilhosa
Pare e admire a singeleza
Dessa obra de arte grandiosa
Onde a dureza só faz destruir,
A suavidade consegue esculpir.
Conserve esse verso em prosa.