José da Alegria
Vou contar uma história
Em forma de poesia,
Guarde na sua memória
Pra não esquecer, um dia,
Pode gravar se quiser,
A história é de José,
O José da Alegria.
Ganhava na simpatia
Para todos do local,
Somente rindo, vivia,
Eu nunca vi José mal
Nem reclamando da vida,
Figura bem conhecida
Da zona, zona? Rural.
No bolso, pouco "cacau",
Mas no rosto, muito riso.
Detestava o homem mau,
Nunca dava prejuízo,
Quando podia, ajudava,
Até conselhos, Zé dava,
Homem de muito juízo.
Homem pobre, sempre liso,
Contudo, nem parecia,
Enchia laje de piso
E nem careta fazia,
"Sou servente de pedreiro,
Eu ganho pouco dinheiro,
Mas sou alegre, dizia".
Zé jogou na loteria
Certo dia e acertou,
Zé ganhou, mas quem diria!
Pois logo se "transformou",
Só com poucos, Zé falava,
Os sorrisos que Zé dava
O dinheiro os enterrou.