A Morte Prematura

O espaço era bem pequeno

Com uma vida acomodada

Diante do calor e da calma

Ela assim fora tão festejada

Até que o homem condenou

Que sua voz fosse silenciada

O que então ele havia feito

Para a morte ser sentenciada

O fato dele não ser perfeito

Foi a justa marca da espada

De quem diz ser de direito

A emulação de Torquemada

Aqueles que se diziam sábios

Cabe a mãe que for afetada

O problema desta assertiva

É esta certeza indiscriminada

De usurpar o poder supremo

Brincar de Deus na hora errada

De usurpadores a usurpados:

Providência divina é esperada

No tocante aos exterminadores

A hora do julgado foi selada

E o princípio da ampla defesa

Será lhe igualmente denegada

Eis que o relator de Deus dirá

De Esparta vem a solução dada

A eugenia não é parte da arte

Qual realidade se faz desenhada

Ela apenas mostra a humanidade

A imagem da vida desvalorizada

Não dá para acreditar na falácia

Reclamar das guerras armadas

Se vocês escolheram o silêncio

Para envolver o povo nas caçadas

Em busca da perfeição ariana

As almas pueris serão silenciadas

Torço para que cada um dos oito

Desprezem a tal divindade citada

Para facilitar o julgamento Dele

E que ele não perdoe esta cagada

No silêncio de todos os inocentes

A justiça celeste se faz requisitada.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 28/10/2015
Código do texto: T5430185
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