Forró na sentinela, interação da cumade Hull De La Fuente
Airam Ribeiro 13/10/2015
Passano pela rua Alcobaça
Do que vi axei muita graça
Até perdi a minha fala
Pois na casa de seu Romeu
O dono da casa morreu
E o corpo ficô na sala.
Mais o motivo da graça
Antes que mau juizo faça
O que eu vi eu vou contá
Tinha uns cara lá dançano
E muitas cerveja tomano
Que fiquei a observá.
Lá no fundo da cozinha
Até carne assada tinha
De duas vacas matada
Uma sentinela deferente
Todos estavam contente
E tristeza ninguém notava.
Dez caixas de cerveja tinha
Era garrafa nun era latinha
E os copos todos xêio
Também refrigerante
E todos naquele instante
Estava a sorrir sem receio.
A família no ambiente
Recebia todos contente
A quem foi na sentinela
Seu Romeu queria festança
Com cerveja e muita dança
Na luz a base de vela.
Seu Romeu, foi contente
Pois na boca alguns dente
Notava grande alegria
E todos dançando sem dó
As boas música do forró
Na noite daquele dia.
A turma dançano contente
Todos que estavam presente
Mas somente a dona Maria
Ali naquele mesmo salão
Botava as vela junto do caixão
E dançar ela não queria.
No dia seguinte a preparação
A hora de carregá o caixão
Espero que ta entendido
É que o termino do funeral
Ia ser lá na zona rural
Na fazenda do falecido.
No dia foi muita gente
Com o carro de som na frente
Tocano músicas de forró
Todos chegaram no local
E nun cemiterio da zona rural
Deixaram o defunto só.
Vou lhe dizê também
Que na cidade de Itanhém
Esse fato aconteceu
O nome eu só fui mudá
Pois a famia pudia nun gostá
Intão coloque Romeu.
Se está axano graça
Foi na rua Alcobaça
E nun é mintira não
Se nun quizé creditá
É só vim aqui pesquizá
Ou preguntá pro povão.
Ver o povo na dança
Cum alegria e festança
Tudo no lugá da tristeza
Foi o pedido do seu Romeu
Por isso no dia quele morreu
A sentinela foi uma beleza.
Cumade Hull
No velório do Romeu/
um homi bem afamado/
Pai do Zé e do Tadeu/
dois rapaiz bem assanhado./
Teve bailão e cerveja/
ninguém ficô no hora veja/
foi um velório falado.///***
Em vida o seu Romeu/
abocanhava as donsela/
Também o fio Tadeu/
levô muitas pra panela./
De franga ele a chamava/
De todas ele abusava/
com a mesma churumela.///***
O seu Romeu foi enterrado/
O Tadeu foi pra prisão/
e o dele tá guardado/
por tanta judiação./
O Zé responde processo/
por bebida e por excesso/
e é um grande canastrão.///***