Ficô pra mim a sodade, derna qui morreu Chiquita/ interação da Cumade Hull De La Fuente

Airam Ribeiro 10/10/2015

Sô um poeta sensível

Este é meu combustível

Preu cuntinuá a jornada

Por amar o ente querido

Arguns qui xamo de amigo

É qui nun troco isso pur nada.

Há tantas pessoa vagando

Outras Deus foi xamano

As vez nem notamo a prezença

Passa por nós despercebido

Para muitos nun tem sentido

Mas para mim é uma tendênça.

Dos personagem do meu lugá

Essa eu gosto de alembrá

E sempre tô lembrano dela

É a cabôca Chiquita

Por ter educação bunita

Ela se tornava mais bela.

Nun mim faz farta o celulá

Ou o zap zap pode inté pensá

Sinto a farta é da Chiquita

Andano nas rua de Itanhém

Como de fato sinto tamém

A farta da sua mãe Laurita

Quantas vez em sua pensão

Já cumi arroz cum feijão

Trabaiano no armazém

Eu xamava de amô a Chiquita

A sua educação era bunita

Como poucos pessoa tem.

Nun sinto farta do amigo rico

Cum eles nun mim dentifico

Mas cum quem conviveu cumigo

Este sim eu dou muito valô

Porque um sorriso nunca fartô

Da face dum verdadêro amigo.

Mim dizia assim dona Laurita

Pode levá a Chiquita

Só vévi xamano ela de amô!

É que meu amô por Chiquita

Era uma coisa tão bonita

Que pouco zamigo tem a dispô.

Nun era amô pra cazamento

Nun era tomém pra passa tempo

Mas era um amô deferente

A afinidade minha por ela

Era uma coiza muitio bela

Dessas que poucas pessoa sente.

Nun era tomém por gratidão

Tarvez um amô de irmão

Só sei qui eu amava Chiquita

Pelas rua eu gritava minha linda!

Ta na mente recordo ainda

Da sua resposta bonita.

Tomava suas pinga nas rua

Talvez nem era a vontade sua

Ou por saudade da mãe Laurita

Foi-se com sua simplicidade

Ficô pra mim a saudade

Derna qui morreu Chiquita.

Hull de La Fuente

Cumpadi, si eu num subesse/

teu amô pela cumadi/

diria cocê padece/

di uma grandi sodadi./

Sei qui é amô fraternal/

qui é um caso ispecial/

Nascido da amizadi.///***

Probezinha da Chiquita/

entregou-se à cachaçada/

Uma menina bonita/

perdeu a vida por nada./

O qui faiz a tar cachaça/

conduz tudo à disgraça/

fartô sê acunselhada.///***

A Chiquita agora vevi/

num lugá bem deferente/

lá é tudo muito brevi/

mais ela istá contente./

Mora num canaviá/

numa estrela ispeciá/

E ali a pinga servi...///***

Um grande abraço pro sinhô meu cumpadi. Acabei de publicá o abraço na jaqueira. Fica com Deus.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 16/10/2015
Reeditado em 05/06/2020
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