A POLIFOBIA.

CORDEL DA POLIFOBIA.

Por Honorato Ribeiro.

Quem não tem papa na língua

Olhe e preste sua atenção,

Pois eu vou narrar agora,

Pro Brasil, nossa nação;

Quem te viu e quem te vê,

Dê a ele o que bem merecer

Mas não culpe sem razão.

Ser professor ou polícia

É pedra de construção;

O primeiro ganha pouco,

O segundo dá proteção:

A sociedade precisa

Da polícia bem ativa

Pra defender a Nação.

A Constituição diz:

Pode ir e vir, cidadão,

Porém o povo está preso,

Sem sair da sua prisão.

A prisão é o próprio lar

É também o seu altar

Pedindo a Deus proteção.

Quando sai para o trabalho

Ou pra comprar o seu pão

Não sabe se volta à casa

É assaltado por ladrão.

Se correr o bicho pega

Se pegar irá pro brega

Compra logo seu caixão.

Gera ódio e vingança

Da polícia e do ladrão

Do assaltante e do bandido

Quem dos dois terá razão?

Voz que clama no deserto

Ninguém sabe quem tá certo

Se é a polícia ou o arrastão.

Será que é “os anos de chumbo”?

Preconceito é aversão

Pois virou ódio e descrédito

Vandalismo sem punição.

Crianças assassinadas

A polícia é condenada

Seja soldado ou capitão.

Nos setores da política

A artificiosa construção

Ideológica de setores

Na mídia é aprovação

E na academia vigente

O comando é valente

E manda entrar em ação.

Em sua torre de marfim

Vivem como em paraíso

Batem palmas ao sucesso

Abrem logo seu sorriso

Tiroteio nas favelas

Corre logo a sentinela

Bala perdida é prejuízo.

Diz: “atirei no que vi”

Fala o dito popular

“E matei o que não vi”

Bala perdida a matar

Bala saiu do fuzil

A perícia vem sutil

Pra descobrir e culpar.

Ora a bala foi da polícia

Ora a bala é do bandido

Não se dá vida pro morto

E o povo fica perdido

Justiça é bicho preguiça

É carro velho que inguiça

E o povo está falido.

Abusar de tal poder

Dos sem fardas dos fardados

Dos seus tronos os políticos

Lamentam calmos, gelados...

Tráfico de droga entrando

Polícia mata enfrentando

Criminosos e drogados.

A reforma nunca sai

Do papel do parlamento

Código civil caduco

De tão velho azedou o fermento

O povo ta em aflição

Subindo tudo é inflação

E o povo vive em sofrimento.

Ladrão de galinha é preso

Quem rouba pão dar prisão

Vai ver o sol bem quadrado

E a propina é Mensalão

Quatro pro cento estão presos

E o restante fica ilesos

E a honra virou carvão.

“Isto é golpe” é a falácia

Da monarca da Nação

E o povo sem segurança

Ta falida a educação.

A saúde para o povo

Grita logo pro socorro

Morre à míngua o cidadão.

No Parlamento o discurso

Um acusa e outro defende

Uns defendem os corruptos

Do seu partido vigente

Ninguém defende o Brasil

A reforma virou pernil

Nem soldado tem patente.

O Cunha sendo acusado

Continua ser Presidente

O Renan está na lista

Mas calaram de repente

O jogo da Mídia é forte

Pula logo no cangote

jogo duro e prepotente.

A polícia federal

Faz boa investigação

O juiz Mouro atuante

Cumpre a lei desta Nação

Procurador da Justiça

Cita quem está na lista

Quem cometeu corrupção.

A baderna se alastrou

Aqui e lá na capital

Do Brasil faz reunião

Faz de conta que é normal

A ladroagem da propina

Virou tudo ave rapina

É contado no jornal.

O Golpe vem lá de cima

Donde vem da oposição?!

Recebeu do Lava Jato

A propina pra eleição

Cabe agora ao Tribunal

De Brasília a capital

Condenar quem é ladrão.

Quem tiver rabo de palha

Do fogo se afastará

“Quem não cometeu pecado”

“Atire a pedra” pra alvejar.

Tirou a vergonha da cara

E a moral ficou bem cara

A culpa agora tem que pagar.

Do lado de lá e de cá

Não escapará um sequer

É claro, há exceção

Há muita gente que quer

Retirar do parlamento

O imoral mau elemento

Com justiça, doa a quem doer.

A educação ta capenga

E a inflação a galopar

Ninguém mais se preocupa

Se a polícia vai algemar

Bandido tem mais poder

E a polifobia a crescer

E quem vai politizar?

Cadê a credibilidade

Do País lá noutro mundo?

Do poço, quem vai tirar?

Está com sono profundo!

Acorda, acorda Brasil!

O porvir tem cor de anil!

E as notícias saem do fundo.

Escândalo todo o dia

São as notícias dos jornais

Mais um recebeu propina

Não diz que são marginais.

Quem tem poder, pode tudo

Os laranjas ficam mudos

Os daqui e das capitais.

As chantagens se alardeiam

Não fale de mim, então,

Se calar não me cassando

Eu retiro cá acusação

Uma mão lava-se a outra

Nos olhos pinga a gota

Não vai haver cassação.

A escolha foi legal

Tomou posse a presidente

Pra governar bem seu povo

E o povo ficou contente.

Porém veio o Mensalão

E o povo sem comer pão

Pois roubaram de repente.

Então veio o Lava Jato

A Federal investigou

Primeiro os empresários

Depois a corda esticou

A polícia não prendeu

Um terço de quem lambeu

Da Petrobrás que furtou.

Cabe a agora a justiça vir

Punir logo os infratores

Quem roubou nosso dinheiro

Devolver aos promotores

O dinheiro do Lava Jato

Não deva ficar barato

Nosso dinheiro de dores.

Um rei em Israel orou:

Deus, dá-me sabedoria

Um rei não tem muita força

Sem a sua, morreria!

A prece de Salomão

Com fé igual de Sansão

Deus o ouviu com alegria.

Aqui no Brasil, governo

Não faz nenhuma oração

Quer caminhar com seus pés

Sem nenhuma proteção.

Tem que ser abençoado

Protegido e agraciado

Por Deus pedindo perdão.

Errou tanto este governo

Mas não fala pra Nação

Que só queria o poder

E recebeu na sua mão

Gastou dinheiro da Caixa

E o Brasil está em baixa

Sem nenhuma solução.

Pedir perdão, eu não?

Isto é humilhação!

O povo já está feliz!

Bolsa família e pão...

Agora, querer me cassar!

É golpe de massacrar!

Sou forte, não desisto não.

O futuro irá dizer

A justiça está alerta

A Federal não se cansa

Investigará na certa.

O Brasil tem que crescer

E o povo irá agradecer

A Deus com enorme festa.

Gigante é nosso Brasil

Canta o povo brasileiro

Que sonha sair do embargo

E também desse atoleiro

Rogo aos parlamentares

Que ajoelhem aos alteres

Mudem o alvo verdadeiro.

Vou terminar minha história

Pedindo-lhes união

Fazendo uma boa reforma

Saia do caos a Nação

Não defenda seu partido

Defenda o Brasil querido

Abracem-nos como irmão.

Exaltemos a nossa mãe

Padroeira do Brasil

Que interceda a Deus por nós

E assim, sim, será feliz

Nosso povo brasileiro

Acende a vela ou candeeiro

Olha que céu cor de anil!

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 16/10/2015
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