Grande amigo
Meu grande amigo
Um dia perdido no mundo
Estava eu chorar
Pois, tudo me dava errado
A muito tempo desempregado
Com filhos pra sustentar
Sem ter de onde arranjar
De ninguém, qualquer trocado!.
Lá assim estava eu
Sem rumo sem prumo sem nada
Sentado naquela calçada
Depois de muito procurar
Qualquer coisa pra fazer
Pra um dinheiro ter
E comprar o que comer!
E a fome poder matar!.
Não a minha, mas dos filhos pequenos
Do Zéca do João do Moreno
Da Teca da Lia e o Heleno.
Eram seis, todos mirradinhos
Depois que fiquei sozinho
Eram meus tesouros sim.
Porque quando a mãe morreu
Esse cara que sou eu
Num sofrimento sem fim
Com a força que Deus me deus
Mantive-os juntos de mim!
Foi ai que me apareceu
essa alma bondosa
E com pouco tempo de prosa
o meu destino mudou
Ele não me deu esmola
Meus filhos, pois na escola
E a mim ofereceu um trabalho
Me alugou uma casinha
Pois minha vida no lugar
E a esse filho de Deus
Por esses olhos que são meus
E que a terra há de comer
Serei eternamente grato
E pro que der e vier
Pode contar comigo
Você é meu grande amigo!!!
Talmeida 21 / 06 / 2007