DE ZÉ LIMEIRA A DILMA ROUSSEF

Zé Limeira, o poeta do absurdo, para quem não conhece,foi um repentista, que segundo muitos não existiu, tratava-se somente de uma criação do poeta Orlando Tejo, de Campina Grande na Paraíba. Para se ter uma ideia do repertório e dos absurdo de Zé Limeira, eis alguns versos do personagem:

“Meu distinto camarada,

Bote a “ciência” de lado,

Deixe de filosomia

E cante mais aprumado

Vamos falar de fazenda

O paraíso do gado.”

“Os hemisférios do prado,

As palaganas do mundo,

Os prugis da Galícia,

Quelés do meditabundo,

Filosomia regente,

Deus primeiro sem segundo.”

Inspirado nas falas de Dilma e mal comparando ao poeta, ou Zé Limeira ou Orlando Tejo, porque não sei a verdade, ou seja, se Zé Limeira existiu ou foi somente criação de Tejo, fiz os versos abaixo, todos baseados em falas de Dilma.

Peguei as falar da Dilma

E seu linguajar bisonho

Transformei neste cordel

Que pode ser enfadonho.

Nas pra qualquer presidente

É um linguajar tristonho.

O famoso Zé Limeira,

Chamado poeta do absurdo,

Foi um grande repentista,

Que tinha rima pra surdo.

Dizia até que Jesus Cristo

Não era judeu era curdo.

Não faço comparações:

Um bastante inteligente.

O outro nem mesmo pensava,

Porém chegou a presidente.

Ainda consegue enganar

Sete por cento da gente.

Limeira não tinha meta.

Mas quando ele rimava

E tinha meta alcançada,

Aí sua meta dobrava.

Para fazer as suas rimas

A mulher sapiens usava.

Sempre escuto os prefeitos.

Lá mora a população.

E por isso eu os escuto.

Ninguém mora na União.

Eu moro na Federal.

Quem diz é um bobalhão.

A mulher abre o negócio.

Tem seus filhos, cria os filhos.

E se sustenta, tudo isso,

Sem ter qualquer empecilho.

Só abrindo seu negócio.

Isso não é trocadilho.

A Zona Franca de Manaus,

Está numa região

A capital da Amazônia,

Centro daquele sertão.

Prioridade o metrô,

Não transporte de avião.

Segregar via de transporte.

Segregar é o seguinte

Ou você fazer o metrô

Cruzar rua, por conseguinte.

Pois não tem sinal de trânsito

E muito menos pedinte.

Metrô é embaixo da terra.

Por cima é VLT.

Veículo leve sobre trilhos

Como se vê na TV.

Parar em cada estação,

Garanto que vou fazer.

Quem pleiteia ser presidente

Quer ser nosso presidente.

Eu vi, mas deixei de ver.

Você veja, insistente,

Parei de ver, voltei a ver

Porque pra fazer a gente

Olhar, Neymar e Ganso

Têm essa capacidade.

Aqui tem dez municípios

E o nome das cidades

Vou ler, para que vocês

Possam na oportunidade

Aqui se identificar.

Os nomes não vou ler mais.

Não estou achando os nomes.

Não posso ler, vou atrás.

Porque não vou ler os nomes?

Por não estar nos anais.

A única área que acho

Que merece atenção,

E até um ministério

Aventei a sua criação

Espécie de analogia

Só para a sustentação

Hoje é o dia das crianças.

Dia da criança é das mães,

Dos pais, das professoras,

Dos animais: gatos, cães.

Sempre que olha pra uma criança

Os pastores alemães

São as figuras ocultas.

Árvores que são plantadas

Pela boa mãe natureza

Hoje estão sendo derrubadas

Por todo Brasil afora

Sem que ninguém faça nada.

No Brasil quem tem cachorro

É bastante criticado.

Não ter o mesmo cachorro

Também vai ser mal falado.

Na Ciência sem Fronteira

Tudo mundo está lascado.

Pelas estradas das águas

Brasil foi colonizado

Por causa dessas estradas

O trem está barateado.

E por a Terra ser curva

Tudo foi facilitado.

Quero adentrar na infração,

Para dizer a vocês,

A inflação foi a conquista

Que governo do PT fez.

E que neste meu governo

Aumenta mais cada mês.

Antes de mim todo mundo

Disse que ia falar pouco.

Mas todos falaram muito

Como um bando de louco.

Falaram que perderam a voz

Ficaram todos bem roucos.

E a senhora ali na frente

Disse estou com muita fome.

Levo em consideração.

Desde ontem que não come.

Todo mundo quer falar

Mas com medo se consome.

Pois a autossuficiência

Do Brasil foi insuficiente.

Em Portugal desemprego,

Onde o povo está ciente,

Beira os vinte por cento:

Um em quatro é o quociente.

Eu tenho muito respeito

Pelo ET de Varginha.

Quem não viu, sabe quem viu.

Ou conhece a historinha

Dizem que ele é feio,

Mas eu acho uma gracinha.

Vidas Secas retratava

A miséria, a pobreza,

A saída do Nordeste

Do povo, em autodefesa,

Para o Brasil buscando

Ter sua comida na mesa.

Se a pasta de dente sai

De dentro do dentifrício,

Difícil voltar pra dentro

Se não tiver sacrifício.

Mesmo assim pra quem fizer

Será um grande suplício.

Grande esforço político

Vou pedir para o Obama

Pra pasta não ficar solta

Pois pode manchar a cama.

Pra dentro do dentifrício

Ir com ajuda do Brama.

HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

FORTALEZA, AGOSTO/2015.