No dia que eu for prefeito
No dia que eu for prefeito
Mudo o nome da cidade
Tiro estatua boto flores
Proponho a felicidade
A placa indica na seta
O nome de um poeta:
Carlos Drummond de Andrade
Eis a simplicidade
Da campanha eleitoral:
A sede da prefeitura
Vai ser dentro de um sarau
Meu vice vai ser o povo
Pra construir tudo novo
Numa mudança geral
“Menos gente em hospital
Mais gente em biblioteca
Acura está no saber”
Já Dizia meu vô Zeca
Pense num home sabido
Pois um home prevenido
Faz um nada virar Meca
Um dia pensei: heureca...
A poesia vai mudar
A vida da nossa gente
Pois a arte de educar
É um trabalho eterno
Feito o amor materno
Pra cidade prosperar
Uma coisa que vou mudar
É a escola “quadrada”
Que por ela aluno passa
Sem aprender quase nada
Paulo Freire Já dizia
Espaço sem harmonia
A mente fica trancada
A aula vai ser dada
Na sombra do jatobá
Em meio a natureza
onde sempre a paz está
mudanças na saúde
educação e atitude
até as ruas “vai mudá”
a tal rua do Paxá
vai ser rua do arco-íris
a Duque de Caxias
vai ser Rua dos Felizes
vou tirar as marechais
e também as generais
que causaram cicatrizes
mudarei as diretrizes:
ao invés de muitos carros
espaço pra bicicleta
os terrenos bizarros
vão virar belas praças
com mil cores e graças
igual Manuel de Barros
as bitucas de cigarros
vao dar lugar a sementes
vou mudar nome de praças
serão todos diferentes
Pra combinar com as ruas
Minhas lutas e as tuas
Em prol de vidas carentes
Seremos bem coerentes
Caso eu venha me eleger
Tendo o povo como vice
Nada eu irei temer
Vamos fazer transformação
Pois uma real nação
Só avança com saber
Tudo que eu prometer
Será cumprido de fato
E caso eu esqueça algo
Entrego meu mandato
Torno o povo prefeito
Para fazer direito
A moldura do retrato