BARBAS DE MOLHO E ORELHAS EM PÉ
BARBAS DE MOLHO E ORELHAS EM PÉ
É isso aí minha gente,
Assim é que deve estar
Cada dia mais quente
E tem que continuar
A quadrilha de terno e gravata
Disfarçada de congressistas
Suas “excelências”, artistas
Acostumada à mamata
Ameaçada de acabar
Entraram na casa daquele
Que no passado se dizia
Caçador de marajás
E até macumba fazia
Ao som de tambor e ganzás
Pegaram o cara de cueca
Preparando-se para transar
Com sua esposa dileta
E fizeram-no até brochar
Só automóveis levaram três
Sem contar o que não se sabe
Mas como tudo tem sua vez
O resto em carreta não cabe
Agora a camarilha engravatada
Barbas de molho e orelhas em pé,
Com certeza alvoraçada
Pois já viu como é que é
E vai tentar dar sumiço
Em tudo quanto for prova
Causando muito rebuliço
Para tirar o pé da cova
Imagino como deve estar
A cabeça do velho barbudo
E da sua velha amiga
Ao ver que o mandato periga
Quando descobrirem tudo.