NA TRAJETÓRIA DA VIDA-09.
Venho aqui mais uma vez,
Filosofando as verdades,
Que temos nessa vivencia,
Desse mundo de maldades,
Comentando a trajetória,
Do homem e sua história,
E a mais pura realidade.
Ponho-me na imaginação,
Olhando nossa existência,
E o que podemos passar,
Com nossas experiências,
E o grande artista divino,
Dono de nossos destinos,
Nesses anos de vivencias.
Por certo Deus nos criou,
Pra ser feliz de verdade,
Num mundo cheio de amor,
Sem tristeza e sem maldade,
Mas o homem de teimoso,
Tornou-se um ser perigoso,
Capaz de barbaridades.
Deixou de lado o conselho,
Dos anjos e do criador,
Sem querer trouxe a morte,
Pra tudo que Deus criou,
Selando assim seu destino,
Que nem o autor divino,
Ao tal fim modificou.
E o curso de nossas vidas,
Seguimos sem empecilhos,
Colhendo assim cada dia,
Ações de vergonha ou brilho,
Que Deus em sua presciência,
Sofre com as imprudências,
De cada um de seus filhos.
De fato somos imprudentes,
Se metendo em enrascadas,
Fazendo o que não devemos,
Por toda a nossa jornada,
Em sobe e desce constante,
E os insalubres agravantes,
Das partidas e chegadas.
Aja ver que nós nascemos,
Com os caminhos indicados,
E a todos os obstáculos,
Em seus pontos assinados,
Pelo artista do universo,
São descritos cada verso,
Que são a nós creditados.
Com tantas preocupações,
Vive o homem a espreitar,
Tentando melhores saídas,
Pra dos males se esquivar,
Sem saber inteiramente,
O que vai ter pela frente,
Prossegue e ver no que dá.
Pois o homem se intromete,
Mesmo até sem ser chamado,
Vai criando os seus atalhos,
Segundo as leis do pecado,
Toma das mãos tinta e pincel,
Do grande artista do céu,
E deixa o quadro manchado.
Pois Deus em sua onisciência,
Por sua interminável bondade,
Muito embora ele enxergue,
As nossas grandes insanidade,
Consente a gente escolher,
Se salvar-se ou a se perder,
E acata as nossas vontades.
Mesmo que seu coração,
Fique constante a sangrar,
Pelas escolhas errôneas,
Que o venhamos magoar,
Embora já tenha a receita,
Ainda assim Ele respeita,
A jeito que se quer andar.
Então vamos desenhando,
O quadro à nossa maneira,
E de uma obra magnífica,
Deixa a maior rabisqueira,
E depois que estraga tudo,
Ficamos enfim moribundo,
Ao percebermos a besteira.
Pois homem não percebe,
Que por trás da inclinação,
Está um indivídua astuto,
Com hostes em prontidão,
Pra confundir o coitado,
Deixando-os amarrados,
Como um louco e sem ação.
Dessa forma a cada instante,
Mais e mais vai se perdendo,
Corre cada vez mais longe,
Da salvação se escondendo,
E multidões sem perceber,
Esforçam-se para se perder,
Nas ações que está fazendo.
Eu sei que a sorte do homem,
Está em suas próprias mãos,
Indo conforme as escolhas,
Sem ter nenhuma apelação,
Sob o cunho da liberdade,
Apega-se enfim as vaidades,
Por loucura ou por razão.
Agindo em sã consciência,
Faz ele o que dá na teia,
Deixa de lado os conselhos,
Da santa luz que clareia,
Segue seu infausto cortejo,
Na satisfação dos desejos,
E um mau exemplo semeia.
Por nos dá o livre arbítrio,
Deus deixa livre o caminho,
Para que o homem escolha,
Se quer rosas ou espinhos,
Que ficam na encruzilhada,
De sua escolhida estrada,
Que ele percorre sozinho.
Assim as astucias do homem,
Os levam a mais triste sorte,
Se vão desprezando a vida,
Na falsa ilusão de ser forte,
Ao viver qual um peregrino,
Não ouve aos apelos divinos,
Caminha enfim para a morte.
Cosme B Araujo.
14/07/2015.